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HALO | Crítica da 1ª temporada



Com o lançamento de seu 9º episódio, a primeira temporada da série Halo, adaptada diretamente dos games de mesmo nome e transmitida pela plataforma de streaming Paramount+, trouxe a vida Master Chief, a Silver Team e seus inimigos, os Covenant.

Essa 1ª temporada de Halo nos apresenta uma série divisora de opiniões. Enquanto os fãs da franquia de longa data através dos games ficaram insatisfeitos com tomadas de decisão tomadas, aqueles que chegaram a ela em busca de uma história sci-fi, podem sair satisfeitos com o que viram.

Halo traz um ótimo trabalho técnico, tanto em figurino, quanto em CGI, fotografia e trilha sonora. A série consegue adaptar bem e trazer um visual bastante verosímil a esse universo futurístico, onde a raça humana enfrenta poderosos inimigos, os Covenant. Estes aliás, possuem CGI dignos de grandes produções de cinema. 

O design dos alienígenas do covenant é um destaque positivo na série e todas as suas cenas, tanto os diálogos quanto as batalhas são bem executados.

A trama de Halo se mostra uma história de origem, como exatamente deveria ser, de forma a trazer não somente o nicho de fãs dos games, mas criar uma nova base de fãs, e nisso ela se mostra competente. O que pode acabar deixando a desejar é o fato da Silver Team não possuir tantas cenas de batalha como gostaríamos de ver. Convenhamos, queremos ver mais do Master Chief e menos de sua identidade civil.

Ao longo dos 9 episódios de sua 1ª temporada, por vezes o roteiro se perdia se tornava o cansativo e tedioso, com destaque para o excesso de cenas de John/Master Chief (Pablo Schreiber) que não progrediam em torno de seu passado e também da pedra angular, além da trama secundária de Kwan Ha (Yerin Ha) em Madrigal, que pouco acrescenta em qualidade a história.

Dentre as atuações, o destaque é com certeza para a dra. Halsey (Natascha McElhone), uma vez que sua presença se destaca em praticamente todas as cenas que aparece. Não há atuações que mereçam destaque negativo, todo mundo ali está em sincronia com a história e entrega no mínimo, trabalhos competentes.

Em suma, para uma história de origem, Halo cumpre com seus objetivos, sendo mais focada no desenvolvimento e evolução dos personagens, trazendo também algumas ótimas cenas de batalhas. 

Na parte técnica a série é bastante competente, e a escolha de elenco e atuações são boas. O destaque negativo fica por conta do roteiro que por vezes é arrastado e alguns episódios sejam mais lentos. 

A série pode não agradar os fãs mas conservadores dos jogos 'Halo', devido a alterações na construção de seu protagonista, Master Chief, que já no 1º episódio retira seu capacete e revela sua identidade, algo que não acontece nos jogos, criando uma trama que destaca a persona por trás do guerreiro Spartan John, deixando Chief escanteado por algumas vezes (algo que revoltou até mesmo o co-criador de Halo, Marcus Lehto).

Toda a trama de Halo é desenvolvida a partir daí, em John e não no Master Chief. Para sua 2ª temporada, Halo tem muito material a explorar e precisa ter uma trama mais objetiva e focada em seu protagonista dos games, para tentar trazer de volta sua base de fãs mais antiga, o que se mostra uma missão muito complicada. Agora quem conheceu Halo pela série, não irá se decepcionar.

Nota: 3,5/5.




Sinopse:

Em Halo, uma épica batalha acontece no durante o século XXVI entre a raça humana e uma espécie alienígena conhecida como Covenant. Após anos de domínio, quando colônias começam a se rebelar, a liderança da raça Covenant declara que humanos são hereges perante seus deuses e inicia uma onda genocida contra a raça humana.

Trailer:



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2 comentários:

  1. Ótima review, mesmo eu tendo jogado os games, eu particularmente curti a humanização do Chief, mesmo que isso tenha sido feito de uma forma desordenada. Humanizar um personagem que nunca demonstrou ter um material base para essa premissa acaba sendo problemático e criar isso do zero foi desafiador aos roteiristas da série, mas mesmo assim o produto final foi satisfatório e acredito com o fina dessa 1º temporada e a 2º temporada podemos ter o que todos os fãs querem, um Master Chief mais porradeiro.

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    1. é exatamente isso Igor, a turma não consegue entender que para a produção de uma série, seria necessário expandir o lado humano do master chief, senao seria apenas uma série generica de robos contra alienigenas...

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