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CRISE NAS INFINITAS TERRAS | Primeira parte do crossover repete erros das séries, mas busca ser fiel aos quadrinhos (Crítica)

Os três primeiros episódios do crossover “Crise nas Infinitas Terras”, produzido pela emissora “The CW” já foram ao ar. Em ordem, você pode conferir essa primeira parte nos seguintes episódios:

  • Supergirl – Temporada 5, episódio 9;
  • Batwoman – Temporada 1, episódio 9;
  • The Flash – Temporada 6, episódio 9.

As últimas duas partes ainda serão lançadas, sendo composta por:

  • Arrow – Temporada 8, Episódio 8 (14 de janeiro);
  • Legends of Tomorrow – Temporada 5, Episódio Especial (14 de janeiro).

Agora vamos lá, falar um pouco sobre essa 1ª parte do crossover, tentarei soltar o mínimo possível de spoilers, mas estes não inevitáveis.

Dessa vez, tivemos todos os episódios totalmente centrados no crossover, no caso, a iminente Crise já alertada pelo enigmático Monitor. Em Supergirl já somos tomados de assalto pelo céu vermelho que antecede a chegada da antimatéria para destruir tudo que estiver em seu caminho. Vale nota, que é muito necessário que o espectador assista alguma das séries da CW para se situar melhor dentro do que está acontecendo, sendo a série mais recomendada para isso, The Flash. Supergirl também fala um pouco da Crise em seu episódio 8, mas sem muitos detalhes.

Como esse evento está chamando bastante atenção devido as várias participações especiais, muitos já se inteiraram do que iria ocorrer e quem não conhecia o material de origem já correu para as HQs para se atualizar.

Voltando ao crossover, a Crise parece ser deixada de lado por diversos momentos da trama, quando temos um foco excessivo na família do Superman da CW, ou então os recentes problemas de relacionamento de Lena Luthor com a Supergirl e até mesmo no drama pessoal de Oliver Queen e sua filha Mia, durante os 3 episódios, que tirou o foco até mesmo do Flash para a Crise em busca de objetivos pessoais.

A onda de anti-matéria chega e arrasa tudo sem qualquer cerimônia, exatamente como vimos no material base dos quadrinhos, mas são eventos que parecem não ter muita importância. Os personagens acompanham várias Terras sendo destruídas e parecem estar apenas vendo um programa aleatório na TV.

Alguns dos personagens anunciados para aparecer nesse crossover, tiveram pouca importância, aparecendo rapidamente apenas como meros easter-eggs da destruição de seus universos. Entretanto, o encontro de alguns foi bastante épico, como quando Lucifer e Constantine se encontram, trazendo um dos momentos mais épicos até o momento no crossover, Tom Welling também está ótimo voltando ao papel de Clark Kent, e também a aparição do Raio Negro no covil do Anti-Monitor. E o que falar do retorno de Brandon Routh como Superman? Eu particularmente gostei bastante. 

Se tem um personagem que não me desce. é o Lex Luthor apresentado em Supergirl, vivido por Jon Cryer e que não conseguer deixar os trejeitos de seu icônico personagem Alan Harper, da série Two and a Half Men, trazendo um Luthor que não conseguimos levar a sério e que se parece com um vilão do desenho “Teen Titans Go”, devido a não conseguir trazer qualquer imponência ou mostrar-se como alguém perigoso, mas como um vilão caricato e que serve mais como alívio cômico do que qualquer outra coisa. 

Um ator que novamente consegue roubar a cena é Tom Cavanagh, que se mostra a cada novo episódio um verdadeiro camaleão, agora deixando de lado seu personagem Nash, claramente inspirado em Indiana Jones, para assumir o posto de Pariah.

No decorrer dos episódios, vemos o Monitor reunindo os personagens e revelando que existem 7 Paragons, que são pessoas vitais para que o grande vilão da Crise seja derrotado, o “Anti-Monitor”. Senti falta na equipe “nerd” da presença do Brainiac de Supergirl, junto a Ray Palmer e Cisco Ramon, este último que também demorou a dar o ar da graça.

Agora algo que eu já esperava que ocorresse, que era uma solução para o desaparecimento do Flash durante a Crise e o inevitável fim da série The Flash caso isso de fato acontecesse, a CW deu seu jeitinho de em 5 minutos solucionar sem muitos problemas, algo que assombrava o Flash praticamente desde o início de sua série, lá em 2014. 

Concluindo…

Em um breve resumo do que vemos nesses 3 primeiros episódios, infelizmente o esperado por mim aconteceu. O crossover repetiu os mesmos erros encontrados em suas séries solo, em especial o excesso de melodrama e lágrimas derramadas pelos personagens. Uma pena, pois é incrível poder ver tantos ótimos personagens se encontrando, e ver que poderia sair algo bem mais legal dessas reuniões.

Fico na expectativa de que os últimos 2 episódios que chegam em 2020 consigam sair da zona de conforto da CW e tragam algo realmente inovador, e que todos os personagens agora estejam presentes em um universo único ao final da Crise, tal qual acontece nos quadrinhos.

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