THE CHURCH IN THE DARKNESS | Mesmo nos anos 70, não negocie com maluco (Review)
Deus é amor. Será mesmo? Eu sei que começar uma matéria de games assim é meio tosco, mas nesse caso a reflexão é imediata.
Agora misture política ao prato. Que tal uma comunidade? Que tal uma comunidade socialista? Sim, foi o que você leu. E faça tudo isso no meio da Floresta Amazônica. E ah, se você entrar, não pode sair, só morto. Que tal?
Apesar de não ter um gráfico espetacular, The Church in the Darkness (Screen Rant, 2019, PC, Xbox e PS4) impressiona. A premissa aqui é que Deus nem sempre nos ama, e falsos profetas chegam muitas vezes com muitas idéias na cabeça e concepções desastrosas.
A proposta do jogo é no mínimo, original e assustadora. Em plenos anos 70, um líder religioso ambientalista se muda para a floresta, criando uma comunidade ideal e utópica, Freedom Town, como sistema de governo, muito nos moldes do Pai Joseph Seed de Far Cry 5, ele adota o comunismo e cria um governo próprio. Sua missão: resgatar uma pessoa de dentro desse culto.
É logico e evidente que essa missão não será fácil. E o fato do jogo ser isométrico (visão de cima) dá um parâmetro mais estratégico. Os dois patronos da aldeia usam um estilo muito próximo do vilão fanático da Ubisoft.
Isaac e Rebecca tem uma atitude variável, porém o game foca no realismo, quase exagerado, e deixa claro que negociar com maluco sempre tem um preço, seja alto ou baixo. Cultos e fanatismo não são coisas legais e de algo assim não dá pra esperar nada de bom mesmo.
No fim The Church in the Darkness é um game até re-jogável (os finais são procedurais, se modificam a cada jogada), existem alguns segredos, e no fim a recompensa para o jogador é pequena. Dentro de um cenário como esse, não poderia ser diferente.
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