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PATRULHA DO DESTINO | Se aventurando em um lugar inesperado! - Episódio #02: Donkey Patrol (Crítica)

Neste novo episódio somos apresentados à versão deste universo de Vic Stone, também conhecido como Cyborg. Assim como eu, acredito que muitos fãs da DC questionaram a escolha de apresentar o personagem nesta série, especialmente porque ele nunca foi um membro da Patrulha do Destino nos quadrinhos. No entanto, seu retrato aqui me conquistou e me convenceu de que ele está no lugar certo. Para ficar bem entendido pra mim e para você que procura uma resposta satisfatória temos aqui um Vic Stone apresentado como um herói que sempre se sentiu como um estranho no meio das pessoas e um jovem que parece não ter tido muitos amigos em sua vida pessoal, motivos que fazem desta adaptação do herói ser bem relacionada com o grupo esquisito da série.

Outra coisa que me surpreendeu neste episódio é a sensação de continuidade na história. Sim, existe a necessidade de apresentar toda a mansão e sobre o que a gente espera encontrar de intimo da Patrulha, mas Cliff e Vic são participantes ativos neste episódio para desvendar o mistério de onde (ou quando?) “O Chefe” desapareceu. Uma das queixas comuns contra as séries da Marvel/Netflix (tristemente extintos) é o ritmo glacial que algumas delas enfrentavam. Neste episódio, a exposição está acontecendo enquanto a ação acontece. Não há espaço perdido e nem momento de sonolência para o espectador que fica vidrado com estes excêntricos personagens.

A implicação de um encobrimento do governo é um momento interessante também, quando ouvimos Vic escutando uma transmissão sobre como explicar a destruição da discreta cidade de Cloverton. Em um momento muito peculiar para os leitores da Patrulha do Destino, há uma referência ao arquivamento do incidente com a Fazenda das Formigas. Será que os Agentes da N.O.W.H.E.R.E podem aparecer? Será que eles estão envolvidos com os planos do Sr. Ninguém?

E o que falar da presença do Sr. Ninguém na série, ele continua sendo um vilão empolgante. Existindo simultaneamente dentro e fora da realidade, ele é de alguma forma mais confiável como narrador do que Niles é como um mentor, já que Niles sempre tem algum motivo oculto que o leva a editar a verdade em relação à sua equipe. Na verdade, parece que todos os nossos heróis têm coisas escondidas que ainda precisam ser reveladas. O que aconteceu com o amante de Larry? A energia dentro dele o queimou? O que aconteceu com o filho de Rita? O que a Flaming Katy (uma das personalidades da Crazy Jane) viu? Quem era aquela maldita barata?

Ninguém sabe, mas aparentemente não é um momento bastante satisfatório para o onipotente deus exagerado revelar seu trunfo. Tudo bem, porque vai ser divertido ver Alan Tudyk continuar a mastigar o cenário a caminho das inevitáveis ​​revelações.

Neste episódio tivemos muitas cenas legais, especialmente a viagem ao reino do Sr. Ninguém, a luta com Crazy Jane, vários flashbacks do passado de Vic, Cliff tentando conversar com Jane e experimentando seus próprios flashbacks, e todas as sequências de fantasia com cenas de ação. É muito para embalar em um episódio. Sim, o impulso para frente ainda é bem-vindo, mas os poucos momentos em que o episódio se permitiu respirar e deixar os personagens serem estranhamente charmosos foram extremamente necessários.

Na frente dos efeitos, este episódio impressionou tanto quanto o piloto. Os poderes de Jane foram todos convincentemente retratados na luta entre ela, Vic e Cliff, com a habilidade de Silver Tongue sendo especialmente interessante de ver. A única ressalva por enquanto é nos poderes de Rita que ainda não estão muito bons se comparados aos efeitos de maquiagem que estão bem satisfatórios, especialmente em relação a algumas sequências sangrentas envolvendo Vic. Falando no personagem, fiquei impressionado com o quanto eu preferia as aplicações práticas usadas aqui para criar o visual de Cyborg sobre o CGI de grande orçamento no filme da Liga da Justiça. Há apenas algo mais tangível sobre isso que ajuda a fundamentar a natureza fantástica do personagem.

Vale destacar que está série tem um tom diferente de tudo na televisão até agora. A produção consegue apelar para o sentimento humano que até mesmo o mais introvertido entre nós compartilha a necessidade de pertencer a algum lugar e que devemos sempre fazer bem. Esse é um dos motivos pelos quais a série vem sendo bastante elogiada, um roteiro rico que apresenta de forma não superficial estes personagens que são bem excêntricos, espero que o show continue nesse ritmo e que melhore ainda mais.


Confira a promo em vídeo do episódio 03, intitulado Puppet Patrol:


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PATRULHA DO DESTINO | Primeiras impressões da nova série do DC Universe – Episódio #01: Pilot (Crítica)

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