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LUPIN | Crítica da parte 1 da 1ª temporada

A Netflix incluiu em seu catálogo a série francesa Lupin, estrelada por Omar Sy e que mostra um homem que busca fazer justiça após seu pai ser injustamente acusado por um poderoso empresário francês. Assane Diop, personagem de Sy, se inspira nas aventuras de Arsène Lupin, o ladrão cavalheiro, personagem criado por Maurice Leblanc e que utiliza de sua habilidade como mestre dos disfarces para cometer seus delitos.

Omar Sy é mais conhecido pelo seu excelente trabalho como Driss no filme Intocáveis (2011), pela sua pequena participação em X-Men: Dias de um Futuro Esquecido (2014), quando interpretou o mutante Bishop, e nos filmes Jurassic World (2015) e Inferno (2016) como Barry Sembene e Christoph Bruder, respectivamente.

Por se tratar de uma produção francesa, praticamente todos os rostos são desconhecidos para quem não acompanha o cinema do país, eu mesmo, de cara só conhecia Sy, que considero um nome pesado, e que cumpriu com minhas expectativas, fazendo um trabalho excelente no papel de Assane. Outro que merece destaque é o policial Youssef Guedira, interpretado por Soufiane Guerrab, que rapidamente liga as ações de Assane ao ladrão Lupin, uma vez que também é grande fã do personagem. Hervé Pierre como Hubert Pellegrini, o grande antagonista dessa Parte 1, também está muito convincente.

A Netflix optou por fazer uma separação por partes em Lupin, tal qual é feita em La Casa de Papel, sendo assim, 10 episódios já foram produzidos, divididos em 2 partes. A parte 1 é composta pelos episódios 1 a 5, que servem como base para apresentar a história de Assane, através de diversos flashbacks espalhados ao longo dos episódios.

Assane consegue triunfar durante grande parte desses episódios iniciais, mostrando que cada uma de suas ações e suas consequências estão devidamente planejadas e são esperadas, até que seu ego e confiança ficam grandes demais a ponto dele tomar algumas decisões que fogem ao seu controle. Isso faz com que o personagem se humanize um pouco, uma vez que todo plano que envolve pessoas, está suscetível a imprevisibilidade.

A trama é bem amarrada, não trazendo arcos somente para alongar a história, assim se tornando direta e objetiva. Entendemos as motivações de Assane, e também vemos as camadas de cada um dos personagens apresentados, através de sua construção. A fotografia de Lupin é muito boa, sendo a ambientação em Paris, tanto na cidade quanto no distrito policial, um frescor aos olhos de quem não aguenta mais ver séries em Nova Iorque ou Los Angeles.

A Netflix fecha a 1ª parte de Lupin deixando nosso protagonista em uma posição que não tinha ficado ao longo dos episódios anteriores, o que promete trazer complicações e movimentos diferentes por conta de Assane, a fim de atingir seus objetivos sem sofrer maiores perdas pessoais e emocionais. Agora nos resta aguardar pelo lançamento da Parte 2 da série, mesmo que a gigante do streaming ainda não tenha anunciado a data de retorno de Lupin.

Trailer:

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