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UM PRÍNCIPE EM NOVA YORK 2 | Será mesmo uma boa ideia mexer em clássicos? (Crítica)

Fazer continuações é sempre um desafio, especialmente de filmes que fizeram sucesso e garantiram lugar nos corações de seus fãs. Um Príncipe em Nova York (Coming to America), foi lançado no ano de 1988 e traz como protagonistas Eddie Murphy no papel do príncipe da nação de Zamunda, Akeem e Arsenio Hall, como Semmi, o melhor amigo de Akeem.

Os atores também interpretam diversos outros personagens cômicos ao longo do filme, usando e abusando de próteses e maquiagens, cada um com suas características únicas, o que garante ótimas gargalhadas até os dias atuais, revendo essa grande obra repetidamente.

Além disso, as diversas situações inusitadas que ele passa na cidade de Nova York, sendo um membro da realeza que está acostumado a ser venerado em sua nação, mas que agora é humilhado por aqueles que se se consideram melhores que ele por serem ricos nos EUA. 

Um Príncipe em Nova York 2 (Coming 2 America) traz em sua premissa uma jornada semelhante, pois Akeem, agora rei, precisa encontrar um filho perdido na América, que possa assumir o trono de Zamunda, uma vez que de seu casamento com Liza, eles tiveram apenas filhas, e segundo a tradição, somente um filho homem poderia assumir o trono.

O início é muito desnecessário, com uma cena somente para arrumar espaço para Morgan Freeman no filme, em um funeral para o Rei Jaffe Joffer (James Earl Jones), que estava vivo, mas convenientemente faz a passagem durante a cerimônia.

Apesar disso, pelo que foi divulgado nos trailers e também pelo fato de Akeem ter um filho perdido no cenário base do primeiro filme, nos leva a crer que teremos algo nos mesmos moldes, o que não acontece. Ele rapidamente encontra seu filho Lavelle (Jermaine Fowler) e o leva para Zamunda, junto a sua mãe Mary (Leslie Jones) e seu tio Reem (Tracy Morgan). O herdeiro de Akeem não tem nem de longe o carisma de Murphy no primeiro filme, fazendo com que sua mãe e tio, mesmo com menos tempo de tela, se destaquem bem mais que ele.

Por falar nisso, a ponte aérea Queens-Zamunda proporciona percursos mais rápidos que no primeiro filme quando Akeem precisou se deslocar de seu apartamento à casa de Liza. Infelizmente não temos tantas cenas quanto queríamos no Queens, uma vez que o foco da trama se foca na preparação de Lavelle para assumir o trono e sua luta para não se casar por obrigação, mas por amor, com Mirembe (Nomzamo Mbatha).

Dentre os pontos positivos de Um Príncipe em Nova York 2, destaco três. A utilização de todos os personagens possíveis do filme original, a ambientação de Zamunda e Wesley Snipes. Foi muito bom poder rever cada personagem criado por Murphy e Hall, e também o restante do elenco, mesmo que agora não tão importantes na trama, a sua presença deu um ótimo toque nostálgico para os fãs do primeiro filme.

A ambientação de Zamunda, desde as construções até as vestes dos atores e figurantes, está bastante caprichada, inclusive da nação rival liderada por Snipes, chamada Nextdoria. Por fim, Wesley Snipes incorpora muito bem o general Izzi, trazendo um toque de comédia esperado de um rival de Eddie Murphy, mas sem deixar de lado a imponência que o ator possui, principalmente por ainda vermos nele o caçador de vampiros Blade.

Anteriormente dirigido por  John Landis, essa continuação agora traz como diretor Craig Brewer, repetindo a parceria com Murphy e Snipes do filme Meu nome é Dolemite (2019).

Se você é um fã do primeiro filme que espera a mesma qualidade ou algo próximo a isso, tende a ficar decepcionado com o resultado final de Um Príncipe em Nova York 2. Mas caso venha preparado apenas para uma bela sessão de nostalgia e reencontrar personagens queridos, esse filme pode ser satisfatório. Por fim, recomendo que assista e comente abaixo sobre o que achou. Até a próxima!

Trailer:

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