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TEIA DE CORRUPÇÃO | Crítica do filme

Quer você odeie ou ame seu estilo, Guy Ritchie traz uma certa energia elétrica para seus filmes de gângster. Há muito movimento indisciplinado, edição de corte rápida e performances carismáticas para carregar um filme do diretor e Teia de Corrupção se baseia nisso, com sua trama envolvente que ao mesmo tempo falha em ficar só no clichê com seu roteiro previsível. Mesmo com suas conexões duvidosas que ligam as várias tramas secundárias, o longa acerta bem em suas cenas de ação.

Teia de Corrupção (The Corrupted) / A2 Filmes – Foto: Divulgação

Sam Claflin interpreta Liam, o ex-condenado que completou sua sentença de prisão e está ansioso para se reunir com sua esposa, Grace (Naomi Ackie) e seu filho Archie. Seu irmão, Sean, (interpretado pelo irmão real de Claflin, Joe Claflin), está ligado a alguns caras maus, incluindo o gangster e magnata dos negócios Clifford Cullen (Timothy Spall).

Clifford parece avaliar todo mundo quando fala com eles como se fosse devorá-los no jantar. Timothy Spall dá a ele uma vantagem mais assustadora para um personagem que parece enojado com tudo em cada cena. Até certo ponto, ele é o vilão principal insatisfatório, pois em essência é um empresário desonesto com um lado sombrio que precisa ser exposto, mas nenhum personagem é capaz de trazer seus crimes à luz.

Teia de Corrupção (The Corrupted) / A2 Filmes – Foto: Divulgação

O relacionamento de Liam e Grace envolve muita melancolia entre o casal na promessa do personagem em querer mudar de vida para ter sua família novamente. Noel Clarke e Charlie Murphy interpretam os detetives que trabalham no caso, enquanto Sam Otto é Nayan Khaliq, o repórter que tenta expor todos os bandidos. O único problema para Nayan é que aparentemente todo mundo é um trapaceiro e ele não tem um plano além de compartilhar a verdade.

Há muitos pratos girando no thriller bem feito do diretor Ron Scalpello, um esforço sombrio e brutal que joga muito no público e na construção de sua história bastante contundente. É repleto de violência, coragem e o pior da humanidade, o que o deixa bastante desagradável na maior parte do tempo de execução, liderado por um vilão que tem suas perversidades prolongadas, muitas das quais envolvem pedaços horríveis de tortura.

Além disso, há uma revelação de uma operação sombria maior trabalhando em outros ângulos e amarrando pontas soltas. Em grande parte, é um ato final de câmara de compensação com alguns dos personagens mais repreensíveis matando outros personagens repreensíveis, o que acaba nos mostrando uma conclusão de como o poder corrupto é absoluto e mesmo com adversidades ele sempre consegue vencer no final.

Teia de Corrupção (The Corrupted) / A2 Filmes – Foto: Divulgação

No geral, Teia de Corrupção é um filme bem rodado com performances que realizam um trabalho de qualidade, mas sua apresentação geral previsível contribui para o tipo de experiência cinematográfica pela qual é difícil sentir algo mais do que indiferença.

Sinopse:

Ambientado após as Olimpíadas de Londres de 2012, o filme segue Liam (Sam Claflin), um ex-presidiário que tenta reconquistar o amor e a confiança de sua família. Ele perdeu tudo nas mãos de um sindicato do crime local, dirigido por Clifford Cullen (Timothy Spall – indicado ao BAFTA por Segredos e Mentiras), que têm conexões de alto nível na política, finanças e polícia. O desejo de redenção de Liam o deixa preso em uma rede de conspiração, crime e corrupção.

Trailer:

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