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DUPLA EXPLOSIVA 2 – E A PRIMEIRA-DAMA DO CRIME | Crítica do filme



Dupla Explosiva foi lançado em 2017 como uma comédia de ação que agradou alguns espectadores que estavam órfãos de filmes que misturavam este gênero, particularmente eu não curti o primeiro longa lançado (para ler a minha crítica do primeiro filme, clique aqui) e não achava que a produção clamava por uma sequência, que se chama Dupla Explosiva 2 – E a Primeira-Dama do Crime (The Hitman’s Wife’s Bodyguard), provando que alguns projetos deveriam ser seriamente pensados antes de serem aceitos pelos engravatados de Hollywood e também pelos atores.

Ryan Reynolds interpreta mais uma vez o guarda-costas Michael Bryce que teve sua licença suspensa, mas ele logo é colocado em serviço pela esposa (Salma Hayek) do assassino e amigo Darius (Samuel L. Jackson), que foi sequestrado. A partir deste ponto, o filme gira em uma trama sobre um bilionário grego (Antonio Banderas) planejando um ciber ataque devastador na Europa.

O maior problema aqui é o roteiro que foi feito de forma bastante escrachada em uma trama que é mais preguiçosa e indiferente que o primeiro filme, que pelo menos mesmo não exagerava tanto nos padrões dos filmes de ação. Um oficial da Interpol (Frank Grillo) é apresentado no primeiro ato e parece que será um personagem importante, mas ele só insulta o mundo afora e enaltece a cultura dos EUA e desaparece na maior parte do restante do filme. Salma Hayek é uma atriz talentosa que é reduzida a interpretar alguém que principalmente grita com as pessoas e as mata com poses sexistas. Ryan Reynolds e Samuel L. Jackson vivem um bromance onde brigam, brigam e brigam um pouco mais. Esse tipo de vaivém entre os personagens pode ser engraçado, mas não funciona quando é praticamente a única maneira que os personagens se comunicam.

No meio disso na trama jogada temos a apresentação do padrasto de Bryce, interpretado por Morgan Freeman em um papel totalmente descartável. É incrível como este longa sempre tem a chance de seguir um caminho e acaba indo para a linha do absurdo em sempre mostrar ao espectador cenas envolvendo tiroteios improváveis, manobras impossíveis com carros. Fora ainda que ocorre o fracasso de uma subtrama envolvendo o desejo da personagem de Salma Hayek por um bebê, pois em Hollywood, toda personagem feminina deve ser motivada pela infância, maternidade e qualquer atenção a esses detalhes é um tiro no próprio pé e o longa acaba perde o seu objetivo.

Como foi no primeiro filme, o objetivo é chegar o mais perto possível de uma comédia entre amigos ao explorar e exagerar o bromance entre eles e o final do longa é a pá que enterra e frustra por completo com uma reviravolta que chega é bem ridícula. Vale lembrar que filmes nesta temática costumam ser legais, engraçados e apresentam uma história legal, como até o sem noção, mas que possui uma boa história, Anjos da Lei. Já este filme não segue em nada isso e é mais explosivo em sua acidez exagerada.

No geral, Dupla Explosiva 2 – E a Primeira-Dama do Crime (The Hitman’s Wife’s Bodyguard) é um filme tosco, que até acaba divertindo com seus absurdos, mas aposta em um conteúdo estridente, sangrento e quase sempre sem graça em suas cenas de ação.

Nota: 1/5



Sinopse:

O casal estranho mais letal do mundo – o guarda-costas Michael Bryce (Ryan Reynolds) e o assassino de aluguel Darius Kincaid (Samuel L. Jackson) – estão de volta em outra missão com risco de vida. Ainda sem licença e sob vigilância, Bryce é forçado a entrar em ação pela esposa ainda mais volátil de Darius, a infame vigarista internacional Sonia Kincaid (Salma Hayek). Enquanto Bryce é levado ao limite por seus dois protegidos mais perigosos, o trio se mete em uma trama global e logo descobre que eles são tudo o que está no caminho de um louco vingativo e poderoso (Antonio Banderas). Entrando na diversão e no caos mortal está Morgan Freeman como… bem, você terá que ver.

Trailer:



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