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Crítica da 3ª temporada de Mayans MC


A terceira temporada de Mayans MC traz um salto temporal de alguns meses, vemos a cidade de Santo Padre em situação delicada, tomada por forças do exército, com rígido controle da fronteira com o México, em um claro movimento do agente Lincoln Potter (Ray McKinnon) para frustrar as operações do clube dos Mayans e do cartel Galindo.

Por falar em Potter, o agente simplesmente desaparece durante grande parte da temporada, o que causa um certo susto já que ele é um dos principais antagonistas da série e sempre se mostra bastante perigoso para o clube, Galindo (Danny Pino) e toda sua rede de aliados.

Por se tratar da primeira temporada de Mayans MC sob a total supervisão da casa do camundongo, após a compra da Fox pela Disney, muitos poderiam esperar que a série fosse cancelada, ou ocorresse uma mudança em seu tom, buscando algo mais “família”. Acontece o oposto, Elgin James mantém a fórmula de Kurt Sutter de Sons of Anarchy e das temporadas anteriores de Mayans e aprofunda ainda mais. Temas como vício em drogas pesadas de Coco, tragédias pessoais e a constante violência marcam o tom dessa temporada.

Temos um maior desenvolvimento de outros personagens, tirando o foco que estava centrado basicamente em EZ (JD Pardo), Angel (Clayton Cardenas) e Coco (Richard Cabral) e Emily (Sarah Bolger).

Por outro lado, Felipe Reyes (Edgard James Olmos) tem bem menos tempo de tela, além de Miguel Galindo perder grande parte da temporada se lamentando pela perda de sua mãe e aparentemente deixando meio de lado seus negócios do lado sul da fronteira, o que lhe traz algumas complicações.

EZ finalmente tem um interesse amoroso após Emily, a garota mexicana Gaby (Sulem Calderon). O arco entre EZ e Gaby não é o ponto alto da temporada, pelo contrário, mas traz o desenvolvimento necessário a EZ para que o mesmo se descubra e assuma de fato seu posto como protagonista de Mayans MC e membro do clube, tirando o personagem “de cima do muro”.

A parceria entre cartel Galindo e Los Olvidados se dissolveu rapidamente da mesma forma como se iniciou, com Miguel Galindo passando grande parte da temporada deprimido e remoendo a morte de sua mãe, além do fato de Adelita (Carla Baratta) ter sido presa sem esperanças de se ver livre novamente.

Adelita está assombrada pela suposta morte de seu filho e leva o grupo de rebeldes, formado basicamente por crianças, a atos cada vez mais cruéis, após parecer sem propósito após ser liberta das mãos de Potter. O arco da personagem, que ficou de lado nessa temporada, uma vez que a atriz também estava grávida na vida real, promete bastante na próxima temporada de Mayans MC.

Dois membros dos Mayans que são bem aprofundados e chamam bastante atenção positivamente nessa temporada são Bishop (Michael Irby) e Taza (Raoul Trujillo). O primeiro assombrado pela perda de seu filho no passado, já o segundo, que busca a todo custo manter um segredo que poderia colocar em risco sua vida e sua posição em Santo Padre.

O motivo de tal desenvolvimento está ligado diretamente a todos os desdobramentos e consequências dos atos de Santo Padre ao longo dessa 3ª temporada, em sua busca por assumir o topo da linha de comando do clube que levaram a um épico final de temporada, com EZ pronto para encarar um exército de inimigos para defender o clube. A 4ª temporada promete, muito!

Nota: 3,5/5

Trailer:



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