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A MÁQUINA DE LEMBRANÇAS | Crítica do filme escondido no Amazon Prime Video

A Máquina de Lembranças (Rememory) é um filme de 2017 estrelado por Peter Dinklage, com direção e roteiro de Mark Palansky. Apesar de sua ficha técnica indicar um filme de ficção científica, temos um drama que se utilize de elementos SciFi para pavimentar sua trama.

O personagem de Dinklage, Sam Bloom se mostra atormentado desde o início do filme pelas lembranças e o sentimento de culpa pelo acidente que levou a morte seu irmão Dash (Matt Ellis). 

Paralelamente a isso, nos é apresentado o psicólogo Gordon Dunn (Martin Donovan), que desenvolveu uma máquina capaz de capturar e gravar memórias, até mesmo aquelas que estão esquecidas pelo cérebro. Dunn é encontrado morto em seu escritório e a identidade de seu assassino é um mistério, que Bloom se propõe a desvendar.

Temos aqui uma excelente atuação de Dinklage, que consegue passar todo o peso da culpa de seu personagem de forma natural e convincente, em uma trama coesa e com o tempo certo de duração. A Máquina de Lembranças conta ainda com uma ótima fotografia, maquiagem e efeitos sonoros.

Fugindo do clichê da grande corporação malvada que só quer lucrar a todo custo em cima de uma invenção, somos apresentados aos dilemas presentes em se criar tal máquina que teoricamente facilitaria às pessoas superarem momentos traumáticos de suas vidas. Há todo um dilema ético e psicológico por trás dessa máquina de lembranças que é colocado a prova ao longo dos cerca de 110 minutos de filme, nos trazendo um final inesperado e eficaz com o que se propoz.

Os atores coadjuvantes escolhidos para cada um dos papéis são bastante compententes e conseguem acompanhar o protagonista de forma natural, não havendo destaques negativos a serem mencionados quanto a isso.

Em suma, A Máquina de Lembranças traz um drama coeso, com elementos SciFi que ficam longe de ser o foco de sua trama, que também foge de clichês encontrados em muitas produções. Dinklage nos brinda com uma interpretação digna de premiação da academia, e seu final é surpreendente e satisfatório.

Nota: 4,5/5




Sinopse:

Carolyn Dunn (Julia Ormond), uma viúva, acaba encontrando uma das invenções que o seu marido, um sábio professor assombrado pelo passado que criou um dispositivo capaz de gravar as memórias de uma pessoa. Este mistério obscuro explora as maneiras pelas quais a memória define o presente.

Trailer:




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