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BLACKWIND | Review



Fornecendo uma mistura saudosista em um combate caĂłtico com a resolução de quebra-cabeças, a Blowfish Studios lançou o game Blackwind (disponĂ­vel para PlayStation 5, Xbox Series X|S, PlayStation 4, Xbox One, Nintendo Switch, PC via Steam e GOG, Mac App Store), que foi desenvolvido pela Drakkar Dev que se tentou se esforçar neste jogo que possui problemas de desempenho e que infelizmente sĂŁo evidentes, mas que do ponto de vista do valor de produção jĂĄ eram esperados neste game que atĂ© pode gerar diversĂŁo passageira para todos.

Em um futuro distante, o alcance da humanidade atingiu as prĂłprias estrelas, Ă  medida que as colĂŽnias começam a semear em todo o universo conhecido. Medusa-42, um planeta supostamente benigno, torna-se o anfitriĂŁo das operaçÔes de mineração das pacĂ­ficas Forças de Elite das ColĂŽnias Unidas. Um ataque Ă  nave que carrega um protĂłtipo AI Core 2.11, Mark II Battle Frame (designação: Blackwind) causa um encontro casual entre o mech e um 'Human Symbiote' (designação: James). Juntos, os dois procuram o pai desaparecido de James, desvendando os mistĂ©rios do planeta e do elemento 'B-Wolfrium'.

Ao longo de Blackwind, vocĂȘ desbloquearĂĄ armas atualizĂĄveis, como blasters e lĂąminas de energia, bem como habilidades como correntes corpo a corpo, alĂ©m de um arsenal impressionante e uma classe de habilidades especiais que tambĂ©m abrem muitas possibilidades de combate. Foguetes, escudos, explosĂŁo de força radial e atĂ© tecnologias de autocura sĂŁo todos desbloqueados.

Sem entrar em grandes detalhes e compartilhar todos os segredos de Blackwind, mais alguns desbloqueios secretos espalhados adicionam uma pilha de armas e poderes que fornecem muitas opçÔes para abordar os Raknos, inimigos alienĂ­genas com os quais James enfrenta enquanto procura por seu pai desaparecido, que acabam vindo tambĂ©m com uma coleção de suas prĂłprias armas e habilidades. Infantaria alienĂ­gena bĂĄsica e metralhadoras costumam ser a menor de suas preocupaçÔes, com soldados de elite mais poderosos e inimigos parecidos com tanques atacando vocĂȘ de todos os Ăąngulos.

Cada tipo de inimigo traz seu prĂłprio estilo de luta para a briga, bem como sua prĂłpria fraqueza Ășnica, Ă s vezes levando vocĂȘ a abrir seu arsenal e empurrar seu estilo de jogo para experimentar novas tĂĄticas e ferramentas. Mesmo com essa grande coleção de armas e um exĂ©rcito de inimigos, o combate de Blackwind geralmente parece sem brilho, pois hĂĄ muitas mecĂąnicas para experimentar em qualquer inimigo, mas a maioria dos inimigos podem ser derrotados facilmente com um combate bĂĄsico Ă  distĂąncia ou corpo a corpo. As lutas contra os chefes sĂŁo raras, mas geralmente podem ser eliminados em um minuto ou dois com pouco mais do que ataques bĂĄsicos.

Combos corpo a corpo e habilidades especiais podem ser Ășteis em um piscar de olhos, mas Blackwind nĂŁo consegue empurrĂĄ-lo para fora de sua zona de conforto com frequĂȘncia suficiente para tornar isso como partes essenciais do ciclo de combate do jogo. Com o estilo hack-and-slash, Blackwind acaba tentando emular de forma vagamente outros estilos de games, o que começa a ser outro de seus vĂĄrios problemas. Sem identidade definida, o jogo acaba se perdendo na sua prĂłpria ambição de querer ser mais do que poderia ser e a sua falta de direção Ă© bem evidente. 

Enquanto sua IA encontra e baixa mapas para muitas ĂĄreas que vocĂȘ explora, nĂŁo hĂĄ um mapa para traçar e um caminho para saber onde ir. O minimapa na tela dĂĄ algumas dicas, mas com grande parte de Blackwind ocorrendo em complexos militares extensos com vĂĄrios nĂ­veis e dezenas de corredores idĂȘnticos, eu ainda me perdia e tinha que voltar com frequĂȘncia para encontrar o prĂłximo objetivo ou ĂĄrea.

A cĂąmera da Blackwind tambĂ©m Ă© dolorosamente ruim. Ele permanece estĂĄtica durante a maior parte do jogo e sem a capacidade de usar um controle para virar e ter uma visĂŁo melhor do ambiente. Em vez de guiĂĄ-lo para locais e caminhos-chave, o game força vocĂȘ a correr em todas as direçÔes tentando encontrar os inimigos e progredir nos nĂ­veis para avançar na histĂłria.

Chega a ser conflitante, pois os problemas acabam aflorando um tom nostĂĄlgico em tentar encontrar novos inimigos para saber se vocĂȘ estĂĄ indo na direção certa. Mas infelizmente, o charme nostĂĄlgico nĂŁo esconde que esse ciclo vicioso acaba se tornando maçante e estĂĄ repetição de demorar para progredir e em vencer os inimigos facilmente fazem com o jogo tenha sua diversĂŁo em desvendar os quebra-cabeças como a Ășnica opção aproveitĂĄvel.

No geral, Blackwind Ă© atĂ© um jogo instigante, mas peca na sua limitação com seu combate divertido e a sua histĂłria que Ă© mais satisfatĂłria do que deixa transparecer, mesmo que a leitura ocasional deixe a narrativa vazia em alguns pontos que acaba sendo compensada com a boa resolução dos seus quebra-cabeças envolventes. Mesmo com seus problemas orçamentais vale a pena dar uma olhada em Blackwind, o game mistura afeto saudosista e ainda acaba ainda saciando seus impulsos destrutivos em um jogo simples, mas que gera uma diversĂŁo momentĂąnea.

Nota: 3/5

Trailer:


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