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CAVALEIRO DA LUA | Primeiras impressões da série




É a primeira vez que a Marvel Studios está lançando um novo personagem na televisão de forma solo. Todas as séries anteriores da Casa das Ideias foram dedicadas aos já famosos heróis do UCM.

Após a assistir o primeiro episódio de Cavaleiro da Lua (Moon Knight), podemos descrever que esta é a série mais inusitada da Marvel, que sempre foi taxada como uma produtora que não sai da sua zona de conforto. E realmente não podemos culpar ela, pois quando é encontrado uma formula que faz sucesso, tanto o público e os engravatados acabam ficando aliviados por algo que renda dinheiro e que seja vistoso em assistir.

Por um lado, com o sucesso do UCM, Kevin Feige tem mais garantias em começar a explorar novos caminhos e também em contar novas histórias de um jeito que não precise seguir a fórmula Marvel.  Com esta liberdade, os roteiristas de Cavaleiro da Lua tiveram total respaldo para demonstrar adequadamente o transtorno dissociativo de identidade que o protagonista sofre (os quadrinhos muitas vezes não conseguiram fazê-lo, chamando-o simplesmente de loucura ou esquizofrenia) e ao misturar também a cultura egípcia com cuidado, tendo aqui inclusive o ótimo acerto em envolver Muhammad Diab na direção e produção do show.

A história da série acaba nos mostrando inicialmente um vendedor de souvenirs de um museu em Londres que acha que sofre de sonambulismo. Os autores da série deixam outras personalidades nos bastidores, obtendo um efeito cômico (algo que a Marvel adora) com Oscar Isaac ficando aterrorizado ao fugir de inimigos e sem entender porque ele se desliga periodicamente ao entregar seu corpo aos seus alter egos que começam a lhe consumir.

Como esperado dos trailers, a Marvel reescreveu fortemente o cânone com a adição de novos personagens, como Arthur Harrow (Ethan Hawke), que foi transformado de um cientista maluco em um cultista que desempenha o papel de um antagonista. E Stephen Grant (a personalidade do protagonista) é um milionário nos quadrinhos, não um balconista de museu. Ao mesmo tempo, o mercenário Mark Spector, que em tese deveria ser a versão principal do personagem é uma personalidade que só conversou com Grant e de acordo com os pôsteres oficiais, haverá três personalidades do Cavaleiro da Lua na série e não quatro como nos quadrinhos.

Por enquanto, a produção ignora completamente os eventos no UCM e isso é ótimo para o desenvolvimento do novo personagem, dando confiança para que série siga no caminho em ser uma das melhores produções da Marvel. A liberdade em criar uma história misteriosa acabou gerando um enredo bastante rico no roteiro e tudo isso ganha força graças à incrível versatilidade de Oscar Isaac, neste primeiro episódio ele acaba dando um show e com certeza será mais um passo à frente em sua carreira.

Como em outras séries da Marvel, Cavaleiro da Lua sofre um pouco com gráficos ruins (pelos padrões dos grandes filmes, não da TV) e isso acaba sendo até normal pelo fato de que o orçamento de um filme é diferente para uma série. Mas tivemos bons momentos, em especial uma perseguição não tão artificial, que foi abundada em uma boa fotografia, inclusive a série acaba tendo estes escapismos, usar mais o cenário real, como a boa exploração do centro de Londres, que sem dúvida colore mais as cenas com algo vivo.

No geral, a premiére de Cavaleiro da Lua (Moon Knight) é algo grandioso e experimental, o show se mostra como algo único com um passeio emocionante e oferece um novo personagem brilhante para o UCM, ao mesmo tempo em que apresenta sequências cheias de ação onde o personagem é bem representado pelo brilhante Oscar Isaac.

Nota: 4/5




Sinopse:

A trama acompanha Steven Grant, um homem gentil e simpático, que trabalha em uma loja de presentes. Ele é uma pessoa comum, mas que sofre com constantes “apagões” e tem memórias que parecem ser de uma vida que não é a sua. Em um determinado momento, Grant descobre possuir uma Desordem Dissociativa de Identidade e, por isso, “compartilha” o próprio corpo com Marc Spector. Trata-se de um mercenário que também é o implacável avatar de Khonshu, o deus egípcio da lua.

À medida que os inimigos de Marc também interferem na rotina de Grant, ele precisa aprender a lidar e a se relacionar com seu alter ego. Com outros motivos em jogo, os dois devem navegar entre suas identidades complexas em meio a uma batalha mortal travada entre os poderosos deuses do Egito.

Trailer:



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