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MORBIUS | Crítica do filme



Quando a Sony anunciou que iria produzir o seu próprio universo cinematográfico, muita gente ficou com um pé atrás, inclusive eu. 

Com o lançamento dos 2 filmes solo do Venom, estrelados por Tom Hardy, ficou comprovado que talvez não fosse a melhor ideia por parte do estúdio insistir em filmes com vilões do Homem-Aranha sem ele fazer parte dos filmes, pois são produções totalmente esquecíveis, descartáveis e sem qualquer momento memorável, mesmo com a introdução do Carnificina interpretado pelo ótimo Woody Harrelson.

Ainda assim, alguns filmes foram anunciados, como o do Kraven, da Madame Teia e o famigerado Morbius, estrelado por Jared Leto.

Para os fãs de adaptações de quadrinhos, Leto já não era muito bem visto devido a sua peculiar atuação como Coringa em Esquadrão Suicida e Aves de Rapida, embora sua aparição no Snyder Cut da Liga da Justiça não tenha sido ruim. Ainda assim, o músico/ator já havia mostrado em outros filmes, em especial em Clube de Compras Dallas (Dallas Buyers Club), que talento ele tem de sobra como ator.

Mas em Morbius, ele mostra que apesar de possuir talento na atuação, o mesmo não se pode dizer sobre sua capacidade de escolher papéis. O filme do vampiro anti-herói da Marvel falha em praticamente todos os aspectos possíveis

Seu roteiro é muito corrido e cheio de buracos, fazendo com que a construção e motivações dos personagens se tornem absolutamente rasos e superficiais. Não há qualquer preocupação da produção do filme em construir o protagonista Morbius ou mesmo seu antagonista Loxias Crown (Matt Smith), como costumamos ver em estreias solo no cinema, em especial com um personagem tão obscuro e desconhecido do público em geral.

Seu interesse amoroso, Martine Brancroft (Adria Arjona) está ali só pra preencher a cota de romance e inserir uma donzela em perigo, o que é totalmente clichê em filmes de super-heróis, além de Jared Harris ser totalmente subutilizado, o que é um desperdício para um ator de seu nível.

Morbius também vai mal em seus efeitos especiais durante as cenas de luta, trazendo algo semelhante as fumaças presentes na franquia Harry Potter, quando os comensais da morte se locomovem e na batalha final em Hogwarts no confronto entre Harry e Voldemort. 

Baseado no que estamos acostumados a ver, em especial nos filmes do Blade protagonizados por Wesley Snipes e no que é dito popularmente sobre vampiros, esperávamos algo diferente e melhor trabalhado. Fica aquela curiosidade para ver se a Marvel irá considerar algo desses "vampiros" da Sony quando for lançar seu Blade estrelado por Mahershala Ali.

Fica subentendido que o Venom de Tom Hardy está presente nesse universo de Morbius, uma vez que ele é citado por Leto durante uma cena, e também pelo fato de não haver a menor surpresa por parte dos policiais por Leto possuir super-poderes.

Não há nada de memorável em Morbius que possamos destacar, até mesmo suas cenas pós-créditos parecem colocadas ali como uma tentativa frustrada de garantir uma continuação através da presença de Michael Keaton retornando ao papel como Adrian Toomes, o Abutre.

Nota: 1/5.



Trailer:

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