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THE BOYS | Crítica da 3ª temporada





The Boys continua mantendo seu nível de insanidade e joga na cara com muito primor mais uma impressionante temporada. Em uma era de dominação dos filmes de quadrinhos, The Boys parece a única série de super-heróis que importa, mesmo que apenas por sua incessante tomada de riscos. Neste ponto, o showrunner Eric Kripke pode fazer “qualquer merda que ele queira”, até mesmo ser um covarde na hora de encerrar e dar continuidade no arco de alguns personagens, como Maeve e Black Noir.

Mesmo assim, Kripke deverá tirar muito leite da pedra brilhosa chamada Capitão Pátria (vívido por Antony Starr), o personagem é o ponto alto do show e isso tudo é graças ao talento de Starr, que conseguiu deixar as polêmicas de lado e nos entrega um trabalho primoroso em uma atuação digna de premiações. Com os acontecimentos desta 3ª temporada, o Capitão Pátria agora possui caminho aberto para que seu personagem seja impulsionado por sua legião de fãs mais aterrorizante, acumulando simpatizantes que cantarão seu nome mesmo quando ele explodir a cabeça de um homem na cara deles.

Além de Starr, Soldier Boy (vívido por Jensen Ackles) merece grande destaque, pois o personagem foi muito esperado desde o início e especialmente devido à inclusão inesquecível do episódio Herogasm nesta temporada. Vale ressaltar que a série não segue ao pé da letra os quadrinhos, então a liberdade criativa de Kripke e a sua equipe ganham o aval de Garth Ennis de forma bem tranquila quando vemos a ligação que ocorre entre Soldier Boy e Capitão Pátria é fascinante, porque temos os dois homens mais poderosos do mundo interligados de maneiras que eles ainda não conheciam.

A cereja do bolo entre este encontro épico acontece quando Billy Bruto (Karl Urban) e Hughie (Jack Quaid) se juntam com o Soldier Boy para lutar contra o Capitão Pátria em um dos melhores momentos da série até agora. A violência esmagadora é uma vantagem, mas crucialmente é uma briga impregnada de personagens que dão golpes sem dó em takes vibrantes que foram bem mais emocionantes do que qualquer batalha desde Vingadores Ultimato.

The Boys sempre foi brilhante, mas a força episódio a episódio da terceira temporada nunca diminuiu a empolgação em acompanhar a série e começar um episódio com cenas grotescas que não geram mais estranheza e nem transmitem um nível superficial para chamar os mais jovens para assistirem o show. O tratamento dado para a violência em The Boys mostra que os atos em um mundo superpoderoso têm motivos e geram até consequências, mesmo que não importa quão extraordinária e banal sejam as atitudes dos personagens, tudo ali tem um avanço singelo.

Isso tudo é captado pela quantidade impressionante de enredo em oito episódios: Hughie começou trabalhando com Victoria Neuman (Claudia Doumit), antes de perceber que ela era uma super e retorna para os The Boys. Hughie e Bruto tomaram o Composto V e souberam de seus perigos até o final. Capitão Pátria começa a perder a cabeça e mata vários super e isso antes mesmo de chegarmos a Kimiko (Karen Fukuhara), Francês (Tomer Capone), Luz Estrela (Erin Moriarty), Leitinho (Laz Alonso), Maeve (Dominique McElligott) e Black Noir (Nathan Mitchell).

No geral, a terceira temporada de The Boys está entre as melhores produções televisivas envolvendo super-heróis, pois nenhuma outra série consegue transitar com perfeição entre risadas, cenas com sátiras, horror gore e muita ação em um conteúdo que é cuidadosamente pensado em mostrar que os super-heróis têm algo verdadeiro para dizer aos seus fãs.

Nota: 4,5/5
Trailer:



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