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TITANS | Traumas e imaturidade! Episódio #03: Ghosts (Crítica da 2ª Temporada)

Reunidos, o que a princípio para ser algo bom. neste terceiro episódio da segunda temporada de Titans, a maioria dos nossos heróis acabam se convergindo na Torre dos Titãs em São Francisco, para um exame interessante de caráter e uma tensão não tão engarrafada. Enquanto isso, Slade Wilson e Doutor Luz fazem começam a bolar seus planos para acabar de vez com o supergrupo. 

Por mais que tivemos apenas um episódio em que todos se separaram, eu concordei com o “finalmente” de Rachel quando Donna, Hank e Dawn chegaram do lado de fora da torre para se reunir novamente com jovens heróis. De fato, Dick se tornou um conselheiro desses “Novos Titãs” ou “Titãs 2.0”, o que não é necessariamente um coisa ruim, pois ele precisa lembrar para os seus antigos colegas de equipe que uma parte da antiga e irritada ferocidade do Robin pode ser necessária para derrubar alguém como o Doutor Luz

A coisa mais convincente sobre esse show é a história compartilhada dos antigos Titãs, e isso levou muito tempo neste episódio. Eu gosto desses heróis sendo confrontados com seus velhos traumas. Surpreendentemente, Donna é um pouco mais dura com Dick. O diálogo entre Hank e Dawn é ótimo, em que o senso de “propósito superior” e super heroísmo do primeiro está ligado ao seu vício. É convincente o quanto ele precisa ser um herói, enquanto Dawn adora. A diferença é que Dawn faz isso como uma emoção, mas Hank tem um problema. Hank está rapidamente se aproximando de Donna como minha personagem favorita na série, ele também tem um ótimo momento pós-briga com Dick. Quando eles não estão discutindo e soltando palavrões, os dois são velhos irmãos de batalha. 

Por falar em palavrões, tivemos três episódios exibidos até agora e parece que estamos tendo episódios menos exagerados do que na primeira temporada. Então, quando isso acontece, é algo natural e isso geralmente acontece por causa do Hank

A ameaça iminente do Exterminador e os fantasmas que ele criou ajudam bastante a construir Slade como personagem, apesar de não vermos muito dele neste episódio. Esta é uma boa estratégia. Slade não parece ser um personagem falador até agora, e é interessante ver como os outros reagem a ele. Cada um dos Titãs originais tem um convincente medo do vilão. Em contraste com essas reações, o Doutor Luz é um formidável super vilão, as vezes com uma personalidade um pouco idiota, ele no final não acaba dando grandes sustos aos jovens heróis que ficam com um pé atrás ao descobrirem a ficha completa de Slade.

Por já ter trabalhado com o Batman, é bem obvio que Jason já ouviu falar do Exterminador e o constrói como uma espécie de super bicho-papão. E ele é. O que Esai Morales diz como Exterminador é bastante assustador, o vilão é bem estratégico, e eu acreditei que ele quisesse colocá-los em “crise”, pois ele quer ir pegando-os um a um. Sua marca de maldade também está alinhada com sua contraparte em quadrinhos. Além disso, Slade já é muito mais esperto que os Titãs, e eu posso ver Dick sendo facilmente manipulado por sua crueldade. 

É bom dar aos novatos a chance de se reerguerem neste episódio porque cria uma distinção clara com os heróis mais experientes. Além disso, permite que os atores se instalem em suas performances juvenis. 

A sessão de sparring é ótima, mesmo que a revelação do poder de Ravena tenha deixado algo a desejar (não que fosse ruim, por si só, mas apenas parecia que ela ainda não chegou lá). Curiosamente, as sessões de sparring são as melhores lutas que já vimos nesta temporada. Mas a luta real contra Doutor Luz é anticlimática. É mais corrida/esquiva, e eu esperava mais combate no trabalho em equipe (mas sempre ficarei empolgado quando Donna usar seu laço). A disputa entre Rose e Dick é boa e precisamos ver o Titã principal em seu auge.

Rose, no entanto, é uma adolescente rebelde e sarcástica e isso é verdade para a maioria dos adolescentes que não são filhos de assassinos. Sua brincadeira com Rachel é muito boa, mas eles poderiam levar o diálogo das duas personagens em direções melhores. A ligação de Rachel para Kory foi bem interessante também, percebe-se que Rachel ganhou um pouco mais de humor na série.

Kory precisava se envolver em uma trama em que ela está ciente de sua verdadeira identidade e deve enfrentar a realidade de sua missão e também o pessoal de Tamaran. Eu até gostei do flerte com seu guarda-costas/perseguidor, o que no final resultou em algo que a gente já esperava.

Em contrapartida Jason é incrivelmente improvável e Curran Walters atua bem no papel. Como o personagem do jovem Jason nos quadrinhos, ele é um pouco punk. Mas sua cena com Gar implorando para o Mutano ajudá-lo a obter informações sobre o Doutor Luz porque ele precisa de uma vitória para alegrar Dick é bem incomoda e infantil, pois sabemos que ele não está preparado e isso mostra uma grande vulnerabilidade mental deste segundo Robin. Mesmo que ele mantenha algumas arestas mais duras, o personagem tem merecido ser tratado por Dick como um jovem imaturo.

No final, o episodio termina com uma dúvida, seguiremos uma mudança interessante de um importante arco nos quadrinhos ou será só um susto repentino e nada irá acontecer com este personagem importante. Um grande mistério!


Nota para o episódio: 3,5 / 5


Leia mais sobre Titans

 

Leia as críticas da segunda temporada:

TITANS | Primeiras impressões do retorno da segunda temporada – Episódio #01: Trigon (Crítica da 2ª Temporada)

TITANS | A “Luz” é “Devastadora”! Episódio #02: Rose (Crítica da 2ª Temporada)


Leia as críticas da primeira temporada


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