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PROJETO GEMINI | Mais que um filme, uma tech demo com mais de uma hora (Crítica)

O ponto forte de Projeto Gemini (Gemini Man) 2019, é sem dúvidas ser o cartão de visitas da tecnologia de exibição 3D+. Embora conte com boas cenas de ação e o carisma de Will Smith, parece que o filme foi criado para agradar mais ao público asiático. E graças a nova tecnologia empregada, temos mais um caso onde o embrulho é melhor do que o próprio presente.

Enredo

O filme segue a história de Henry Brogan (Will Smith), um assassino de uma agência clandestina de antiterrorismo do governo. Após os eventos envolvendo sua última missão, Henry decide se aposentar. Porém a aposentadoria dura pouco, pois o governo agora quer eliminar Henry. A partir disso o filme segue mostrando a fuga de Henry enquanto investiga um programa governamental secreto que colocou um clone mais jovem seu, Júnior (Will Smith), na sua cola para matá-lo. O filme segue a cartilha dos filmes de assassinos de aluguel dos anos 90, e se você procurar vai acabar encontrando muitos elementos do gênero aqui.

(Imagem Promocional: Projeto Gemini – Paramount Pictures)

Arte

Projeto Gemini conta com uma nova tecnologia de exibição chamada 3D+, nela o filme é gravado em impressionantes 120fps e projetado em 60fps, mais que que o dobro do número de quadros de uma projeção comum, que é 24fps. Essa tecnologia cria cenas de ação muito mais impressionantes e fluídas, e favorece e muito o efeito 3D. Algo que é muito bem explorado no filme, e que com certeza criará uma experiência mais pobre para quem assistir as versões normais. Porém, talvez o 3D+ vá degradar aos fãs mais puristas de cinema por alterar uma característica que segue o mercado à décadas, no caso especifico dos 24fps.

Para mim no entanto, essa é uma tecnologia bem vinda! E durante a sessão de Projeto Gemini não consegui deixar de pensar como outros filmes e franquias poderiam se beneficiar com o 3D+. De resto a arte do filme segue o jeito Ang Lee de dirigir, com tomadas ambiciosas e uma fotografia que favorece a imersão na ação. Além de efeitos especiais, como os usados no rejuvenescimento de Will Smith que funcionam bem na maioria das cenas, ficando meio estranhos somente quando há um close no rosto do personagem Júnior, nesses casos ainda é possível notar que se trata de um efeito especial. Porém esse filme vem mostrar como essa tecnologia está evoluindo.

(Imagem Promocional: Projeto Gemini – Paramount Pictures)

Som

No quesito som, o filme é competente especialmente no que diz respeito as cenas de ação. E a trilha sonora é discreta e está ali somente para ressaltar o que vemos na tela. De modo geral a parte sonora está boa, mas de alguma forma parece não estar tão caprichada quanto a fotografia, o que talvez tenha sido uma estratégia para que o foco ficasse somente no 3D+ e não no som em si, que não é ruim mas que poderia ter sido muito melhor aproveitado.

Atuação

Aqui Will Smith rouba facilmente a cena, interpretando não somente o protagonista do filme Henry, mas também seu clone mais de 20 anos mais jovem, Júnior. A atuação de Will segue sua marca registrada com personagens carismáticos, e consegue convencer até na sua versão cheia de efeitos especiais, o que é com certeza um desafio. Podemos ressaltar o bom trabalho também de Mary Elizabeth Winstead e sua Danny Zakarweski e Benedict Wong e seu fanfarão Baron.

(Imagem Promocional: Projeto Gemini – Paramount Pictures)

Se dependesse somente da tecnologia de projeção comum, Projeto Gemini seria apenas mais um filme normal de ação. Mas a tecnologia 3D+ torna a película uma experiência até o momento única. Se puder assistir ao filme em 3D+ não perca tempo! Porém, se a única opção para você for a sessão normal então pode guardar o dinheiro do seu ingresso para outro filme.

Nota com 3D+: 4 / 5

Nota sem 3D+: 3 / 5

Trailer:


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