TITANS | Assombrando uma consciência pesada – Episódio #07: Bruce Wayne (Crítica da 2º Temporada)

Em um episódio peculiar, onde quase todo mundo está no limite com um empilhado Jason Todd, Dick volta a ser agressivo e investigativo por conta própria, embora esteja sendo auxiliado por um Bruce Wayne, esse Bruce que é bem sarcástico e pateta.

Com esse tom mais árduo, as dúvidas de Dick são personificadas por seu pai adotivo e parceiro de combate ao crime. Ele parece discursar e questionar Dick. Eu gosto de Iain Glen como Bruce, e seu sotaque soa melhor do que quando o conhecemos na estreia desta temporada. Mas a fantasia de Bruce se esgota (mesmo que Glen esteja claramente se divertindo com ele). Eu preferiria que o Bruce real aparecesse, mas sou altamente cético se ele realmente iria rebolar e cantar com as dançarinas burlescas.

Além disso, Dick claramente não sabe o que é real e o que está em sua mente quando começa a falar com Bruce em torno de outras pessoas. Percebe-se que a culpa dele por mentir, e o que ele realmente fez com Jericó é algo bem pesado e sendo difícil de acreditar como essa mágoa que estava enterrada voltou a assombrar o personagem.

Enquanto Dick se afasta do Robin e fica mais perto de ser o Asa Noturna, o atual Robin dos Titãs é um garoto triste e quebrado, traumatizado por sua experiência de quase morte. Enquanto isso, o Exterminador estava trollando os Titãs com pequenas lembranças e traumas do passado. Obviamente ele está tentando separar os heróis, mas acredito que o personagem está tendo ajuda de algum jovem Titã que está infiltrado na Torre para ajudar o terrível vilão.

Já a filha do vilão, Rose, teve um momento de interação bem crível entre ela e Jason Todd. Os dois adolescentes angustiados das ruas acabaram tendo seus espíritos conectados, a cena em questão mostra com bastante firmeza que Rose está simplesmente sendo movida para ganhar mais espaço em cena, pois até agora a personagem só está comendo cereais.

Muitos de nossos heróis neste episódio acabaram agindo de maneira um tanto estúpida, caindo em armadilhas óbvias ou perdendo pistas básicas. Mortes de lado, é irritante saber que neste mundo tem o Superman e as pessoas parecem tão idiotas e densas quando se trata de Conner. Todo mundo notou que o garoto tem uma tatuagem do escudo do Homem de Aço, é só ligar os pontos, correto? Usar o fato de que a Kory conseguiu compreender o jovem pelo dialeto kryptoniano acabou sendo uma saída de solução bem fraca.

Dito isso, eu gostei bastante de Kory sobrecarregar Conner ao superpotente fogo estelar e a energia de Rachel como Ravena. Outra coisa legal foi a fuga da doutora Eve da Cadmus com Krypto, a cena foi espetacular. É aquele momento tão nerd e um lembrete de quão longe essa série chegou, após um início que meio sombrio e com vergonha de assumir como uma produção de heróis.

Ainda assim, estou preocupado com os problemas de ritmo da série. Estamos na metade da temporada e ainda há muitas histórias do Exterminador para contar, e mais explicações do paradeiro do Jericó estão por vir também. Além disso, agora existe a ameaça de Mercy Graves com a Cadmus caçando Conner, Eve e Krypto. Existe muitas coisas que serão relembradas ainda e eu suspeito que teremos outros episódios de flashback antes da temporada terminar, uma pena, pois que queremos mais cenas de ação no presente.

Nota para o episódio: 3,5 / 5