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MEN OF WAR: ASSAULT SQUAD 2 COLD WAR | Uma expansão lançada com um pouco de pressa (Review)

Men of War, Assault Squad 2 Cold War é o mais recente título da aclamada franquia RTS (Real-Time Strategy), que surgiu no longínquo ano de 2004 com o game Soldiers: Heroes of World War II, traz de volta a boa e velha estratégia em tempo real, um dos mais antigos e populares gêneros de games para, principalmente PC. Comecemos com seu trailer:

Exigindo bem pouco de sua máquina, Assault Squad 2 Cold War foi lançado agora em setembro de 2019 e traz de volta os fãs de franquia para seu universo, dessa vez em plena Guerra Fria. Vale destacar que Cold War é uma expansão standalone do jogo lançado primeiramente em 2014.

Sinopse do game

A lendária série de RTS Men of War finalmente chegou à era da guerra fria. Assuma o comando das forças americanas ou soviéticas, cumpra os objetivos da missão e reivindique a vitória!

Controle vastos exércitos de unidades regulares e especializadas, incluindo veículos de apoio, tanques leves e pesados, veículos de artilharia, helicópteros de combate e caças a jato. Dirija-se aos campos de batalha neste último capítulo da clássica série de RTS e encontre: zonas fronteiriças fortificadas, fazendas rurais, bases aéreas destruídas e vilas invernais na qual liderança forte e boa gestão são as chaves do sucesso.

A geração dinâmica de campanhas faz sua estréia. Men of War: Assault Squad 2 – Cold War oferece aos jogadores experiências quase infinitas nos modos de campanha para um jogador e cooperativo!

O jogo

Cold War chega 5 anos após o lançamento do título original Men of War: Assault Squad 2 e tenta revitalizar a franquia. Infelizmente esse ponto não chega e o que temos é um jogo com algumas falhas substanciais que acaba por desagradar seu público antigo e por confundir o público novo. Já notamos de cara isso ao observar a péssima avaliação do jogo na Steam, com uma avaliação muito negativa (15% com 427 reviews postadas).

Dentre as novidades com relação ao jogo de 2014, temos a introdução de novas facções, como dos EUA e da URSS, com os devidos equipamentos da época. Isso é basicamente a grande novidade do jogo, e sua nova engine tirada de Call to Arms, que trouxe uma certa melhoria gráfica ao jogo.

O balanceamento de tropas feitos no jogo é totalmente preguiçoso, uma vez que não importa se a tropa é norte-americana ou soviética, ela terá tropas com equipamentos e armamento de poderio semelhante, com pouquíssimas diferenças finais entre eles.

O jogo já nasce com um concorrente de peso, uma vez que uma expansão totalmente gratuita da Guerra Fria já havia sido lançada anteriormente, colocando peso no lançamento desse “spinoff”, que desagrada aos fãs antigos devido a pequenas mudanças que atrapalham toda a estratégia já planejada e desenvolvida ao longo de anos de jogatina.

Um exemplo clássico disso é o sistema de danos, em especial em tanques. Ao analisar os mapas no início da campanha, quando notamos condições propícias a IA locomover tanques pesados, o jogador mais experiente irá se posicionar de forma a imobilizar essa infantaria, provavelmente com unidades com mísseis, que paralisam o oponente e dão tempo ao atacante para “finalizar” a sua investida. O novo sistema de pontos de vida, traz consigo um aumento de resistência a danos nos tanques, que mesmo atingidos, só serão abatidos de fato ao serem extraídos todos os seus pontos de vida, não garantindo sequer sua imobilização.

Outro problema que pode afastar o público iniciante, que deseja conhecer o estilo de jogo RTS, é a grande dificuldade inicial, em especial no modo campanha dinâmica, pois se a IA chegar primeiro a bandeira e o jogador tiver que tentar retomar, será uma tarefa hercúlea, com baixíssimas chances de sucesso, ainda mais quando notamos (mesmo que erroneamente), que a IA parece possuir um maior número de tropas mobilizadas para a campanha. 

Por falar na tal campanha dinâmica, ela se mostra simples demais. O jogador basicamente é transportado a um mapa com suas tropas e deverá procurar seus inimigos e assumir controle dos pontos marcados no mapa, não sendo nem mesmo necessário derrotar completamente seu inimigo para ficar com a vitória, mas apenas conseguindo mais vitórias dentro da batalha. Ou seja, o modo campanha do jogo nada mais é que um modo multiplayer offline, com batalhas aleatórias e que não levam a lugar algum.

Para não apenas reclamar do jogo, a mudança de engine do jogo, talvez responsável por algumas das falhas que encontramos, trouxe uma melhor qualidade gráfica que inclusive ajuda no multiplayer, mas sua jogabilidade deixa muito a desejar, o que acaba colocando em xeque a utilização dessa nova engine.

Men of War, Assault Squad 2 Cold War não acrescenta em quase nada a MOWAS2, uma vez que não traz grandes novidades a franquia e que já até existe uma expansão gratuita lançada anteriormente ao jogo com o mesmo tema.

Podemos tentar relevar uma vez que estamos a frente de um game que traz uma nova estruturação em seu desenvolvimento, trazendo para uma arquitetura 64-bits, o que faz com que Cold War seja uma espécie de protótipo  para futuras versões utilizando não somente todo o potencial de sua nova engine, como também propriamente do sistema 64-bits.

O jogo deveria ter sido lançado como um beta, e ficado mais tempo no forno pegando o feedback da comunidade para apurar cada aspecto decepcionante entregue no produto final. Talvez com uma série de atualizações no jogo, os problemas encontrados pudessem ser corrigidos, mas será que vale a pena arriscar?

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