PERDIDOS NO ESPAÇO | Perigo, Will Robinson! (Crítica da 1ª temporada)
Perdidos no Espaço (2018) é um remake produzido pela Netflix da série de mesmo nome, que foi lançada 1965, mas que trazia uma trama diferente dessa nova produção.
Enquanto a série de 1965, de Irwin Allen e produzida pela emissora CBS enviava a família Robinson, juntamente com Don West e o robô B9 ao espaço para montarem colônia para os seres humanos, com o Dr. Zachary Smith tentando sabotar a missão, a produção que teve sua 1ª temporada lançada no ano de 2018 traz a família Robinson como membros do 24º grupo de colonos que está embarcando para Alpha Centaury, uma colônia já estabelecida pelos humanos.
Farei essa crítica entregando o mínimo possível de spoilers!
A premissa dessa 1ª temporada é bem fácil de se entender. A nave utilizada pelos colonos, a Resolute, é atacada por um robô alienígena, cujas intenções são reveladas com o decorrer da trama. Enquanto fugiam desse ataque, em naves menores, chamadas de Jupiter, vários grupos de colonos ficam presos em um planeta habitável mas que está com o seu ciclo de vida se encerrando. Sem combustível para retornar a nave Resolute, os colonos precisam encontrar uma forma de se comunicar e chegar a nave principal para sobreviverem.
Os efeitos especiais da série não deixam nada a desejar. As naves, os trajes espaciais e especialmente os robôs são muito realistas e passam a sensação que de fato existem e são funcionais. O planeta em que ficam presos é exuberante. A riqueza de fauna e flora, cada detalhe ali colocado através de CGI, sejam as plantas e até mesmo as criaturas transbordam realismo, passando a impressão que foram utilizados seres reais.
Não temos o que reclamar das escolhas de elenco também. Apesar de não contar com atores de renome na indústria, todo o elenco cumpre muito bem sua função, não deixando a peteca cair e passando muita verossimilidade em suas interações, com destaque especial para o jovem Maxwell Jerkins, que interpreta Will Robinson, caçula da família protagonista, e para Parker Posey, que interpreta a “vilã” da série, Dra Z. Smith.
O enredo da série até certo ponto é um pouco previsível para esse tipo de produção. Ao começo, podemos imaginar que os sobreviventes das quedas das naves possam tentar estabelecer ali residência, mesmo que temporária, a fim de encontrar um meio de retornar a civilização, mas como não poderia deixar de ser, eles se veem obrigados a correr contra o tempo para sair o mais rápido possível daquele planeta, pois do contrário, isso custaria as suas vidas.
Essa primeira temporada de Perdidos no Espaço conta com 10 episódios que variam entre 50 e 60 minutos de duração cada, em média, o que é uma excelente escolha por parte da equipe de produção, pois permite o desenvolvimento de todos os principais personagens de forma consistente e também da história, não ficando um tempo curto com uma trama corrida, nem ficando arrastado e cheio de voltas apenas para encher linguiça e produzir muitos episódios. Esse é um ponto favorável das produções Netflix, que em sua maioria, priorizam fazer séries diretas e objetivas.
O final da série, como já esperávamos, deixa a ponta solta perfeita para aguardarmos ansiosamente pelos novos episódios da série, o que não é problema para quem, assim como eu, assistiu essa temporada em 2020, e já tem a 2ª temporada disponível na gigante do streaming.
Para os fãs de produções de ficção científica, Perdidos no Espaço é com certeza uma série a se assistir. Quem conhece o material original, pode assistir tranquilamente, pois apesar de ser baseada na obra dos anos 60, essa nova produção traz uma nova pegada e visão, utilizando-se basicamente apenas dos personagens originais. Com o desenrolar dos episódios, nos veremos junto ao Robô, avisando: Perigo! Will Robinson!
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