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TOGO | Willem Dafoe em uma aventura simples, congelante e emocionante! (Crítica)

Ao revelar uma história verdadeira interessante e não contada, o longa original do Disney+ (Disney Plus) fornece um ótimo épico narrativo que garante que esse conto não seja deixado esquecido por quem irá conhecer está história.

Togo segue a história de um cão e seu criador Leonhard Seppala, interpretado por Willem Dafoe. Situado no Alasca em 1925, o casal é enviado em uma missão para recuperar um soro que ajudará a curar as crianças doentes e moribundas da cidade de Nome. Quando Seppala parte, ele enfrenta não apenas o frio escaldante do Alasca, mas também a possibilidade de perder seu amado cachorro. Se essa história parece familiar, você deve se lembrar da clássica animação dos anos 90 “Balto: Sua História Tornou-Se Uma Lenda”, que segue um dos cães que ajudaram a levar o soro até a cidade de Nome e recebeu crédito por salvar as crianças.

Comparação entre ‘Togo’ & ‘Balto’

Já nesta versão em live-action, o longa ganha grande destaque pelo poder de atuação de Dafoe, o astro oferece um ótimo desempenho neste filme que pode ser um dos seus melhores trabalhos nos últimos anos. Seu personagem é um homem muito quieto e isso sai bem em sua performance. Ele só fala quando falam com ele e é fácil ver que ele se sente mais confortável com seus cães e sua esposa, interpretada por Julianne Nicholson, que também apresenta um ótimo desempenho trabalhando como o coração emocional do filme. Por meio de sua performance, ela fornece muitos dos sentimentos que o personagem de Dafoe não mostra, como amor e dor.

No entanto, alguns problemas do filme são os personagens secundários e o ritmo. Muitos personagens secundários aparecem e interagem com os personagens principais. Na maioria das vezes, esses personagens têm pouca importância em geral. Nenhuma de suas performances era inerentemente ruim ou irritante. Eles simplesmente não serviram a um grande objetivo na trama e foram muito esquecíveis.

Julianne Nicholson & Willem Dafoe em cena do filme Togo / Disney

O ritmo do filme foi outra questão. Como Seppala está andando de trenó com seus cães para obter o soro, temos intercalado com essa aventura flashbacks dele cuidando de quando Togo era um filhote. Embora essas cenas ajudem a mostrar o relacionamento entre os dois, elas acabam tendo um efeito contrário no longa e arruínam o sentimento de seriedade.

 Em um momento, os cães estão quase caindo do lado de uma montanha até a morte e na próxima cena Togo é um filhote se metendo em travessuras em taques que tentam passar a mensagem de algo que lembre um pouco Marley & Eu. Se essas cenas fossem mostradas cronologicamente, sinto que elas teriam um impacto maior posteriormente e mostrariam como Seppala cresceu para amar e cuidar do Togo.

Apesar dessas reclamações, Togo é um filme é bem estilo Disney, um drama familiar que emociona e mostra ainda a beleza e a mortalidade do Alasca, isso tudo é beneficiado é claro com os belos enquadramentos do diretor de fotografia Ericson Core, que fez a cinematografia de vários filmes como “Velozes e Furiosos” e “Caçadores de Emoção: Além do Limite” de 2015, que ele também dirigiu. Essa experiência mostra muito bem neste filme como ele trabalhou a grande variedade de ângulos utilizados, dando ao seus trabalho anteriores o preparo para filmar cenas do trenó em ritmo acelerado e mostrar que ele não precisa de carros para fazer um belo trabalho.

Willem Dafoe em cena do filme ‘Togo’ / Disney

O filme também se beneficia de ser exibido na plataforma de streaming Disney+, em vez de ser exibido nos cinemas. Togo é definitivamente um filme destinado para você curtir em um fim de semana de frio com a família, ele tem uma bela história com belas paisagens e ótimas performances.


Trailer:

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