ORI AND THE WILL OF THE WISPS | Um encantador e tranquilo Metroidvania (Review)
Ori and the Will of the Wisps poderia facilmente seguir uma jogabilidade segura e se agarrar ardentemente ao projeto de seu aclamado antecessor. Mas enquanto as raízes deste Metroidvania permanecem intactas, houve ajustes suficientes para garantir uma nova aventura distinta. Percebemos logo de cara que a maior mudança é o combate. Você recebe uma ladainha de armas e ataques em Will of the Wisps, de uma lâmina espiritual para cortar seu caminho através de hordas de monstros.
Particularmente não tive a oportunidade de jogar Ori and the Blind Forest, mas os elogios que Will of the Wisps merecem como jogo isolado são colocados em combates rápidos e frenéticos. Você pode ter vários inimigos na tela ao mesmo tempo, enquanto Ori dança pela floresta como um ninja acrobático, derrubando monstros antes que eles tivessem a chance de reagir.
Você pode até comprar novos ataques e atualizar os existentes com itens colecionáveis do jogo, embora eu pessoalmente não tenha visto a necessidade de desviar dos ataques de lâmina, arco e bash. O combate é muito divertido, permitindo batalhas de chefes em escala épica e lutas mais frequentes para adicionar diversidade às plataformas.
Outro grande destaque é o cenário de tirar o fôlego onde Will of the Wisps realmente brilha. Ori deve escapar de um monstro gigante ou de um prédio em colapso pulando, esquivando-se e balançando para a liberdade. Esses espetáculos fornecem o teste final para uma habilidade recém-adquirida, provando ser uma jogatina extremamente agradável para cada uma das cinco zonas principais, atingindo o mesmo tipo de alturas cheias de adrenalina como Uncharted e Rayman Legends.
Ori and the Will of the Wisps tem o recurso de salvamento automático, o que acaba encorajando que você seja mais imprudente e experimental. Um aumento inicial de reposição de saúde contribui para este jogo de espírito livre, assim como o novo sistema de fragmentos – arrancado à direita de Hollow Knight – que vê os itens colecionáveis equipados reduzindo significativamente o dano inimigo ou melhorando sua eficácia contra vilões aerotransportados.
Will of the Wisps começa exatamente onde Blind Forest terminou, quando Ori e sua família de criaturas da floresta criam um filhote de coruja órfão chamado Ku. Depois que uma aula de voo dá terrivelmente errado, Ori e Ku acabam separados em uma floresta desconhecida, que está sofrendo um declínio constante devido à misteriosa Decadência. A história em si é bastante simples e as apostas parecem mais pessoais desta vez, porém, como Ori sai para encontrar seu amigo e salvar a floresta enquanto isso. Ainda assim, Will of the Wisps carrega uma abundância de ressonância emocional e é um conto profundamente encantador com uma conclusão ultra satisfatória.
Apesar de uma sensação iminente de destruição, a floresta parece muito viva e está repleta de vários personagens charmosos que podem recompensá-lo com presentes por completar missões paralelas ou até mesmo vender mapas ou ataques especiais ao negociar itens colecionáveis.
Ori and the Will of the Wisps é um jogo fantástico, embora o foco de combate não se encaixe bem com a história. Mesmo assim tudo é muito divertido e juntamente com o recurso de salvamento automático, garante um estilo de jogo rápido e fluido que combina com a vibração de um livro de histórias cativante e cenários espetaculares, tornando o jogo facilmente como um dos melhores títulos já lançados nos últimos anos.
Trailer:
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