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O DIABO DE CADA DIA | Filme da Netflix traz relações perturbadoras com a realidade (Crítica)

Boa “protocoleiros”, olha só quem está de volta e com bigodão e cabelão … Eu mesmo o Erik Ops! Estou aqui para falar que achei fora de série o filme O Diabo de Cada Dia, com o Tom Holland e Robert Pattinson.

Com uma narrativa visual em uma espécie de transição entre passado e futuro, o novo longa do diretor com Antônio Campos, que também assina o roteiro com Paulo Campos e que foi lançado em 16 de setembro de 2020 na Netflix acaba retratando personagens sinistros que convergem ao redor de um jovem/homem devoto a proteger aqueles que ama em uma cidade interiorana que sofre com corrupção e brutalidade. Assim, o Diabo de Cada Dia na minha opinião chega como um alívio para a linhagem de grandes filmes da Netflix.

Cenas do filme O Diabo de Cada Dia / Netflix – Foto: Divulgação

Mostrando o início da trajetória de vida de Arvin Russel, personagem vivido por Tom Holland, que eu admiro muito como ator e infelizmente ele quase nem aparece. Fica naquelas cenas sem pé nem cabeça quase uns 40 minutos, até a narrativa enfim colocá-lo como ator principal. O filme cria figuras tão ordinárias e comuns que a história acaba ganhando um toque universal, quase um conto de fadas horroroso e sanguinário que trabalha as grandezas sombrias da humanidade e da fé.

Estás relações do filme eu achei mega interessantes, como alienação, que pode ser causada pela entrega total a uma crença — a exemplo de Roy (Harry Melling) que é enganado pelo falso “profeta”, pastor interpretado por Robert Pattinson. Tudo isso ganha uma mistura com a realidade e fica difícil de fechar os olhos e também de engolir essa situação. É como se, em nossas fraquezas, estivéssemos sempre predispostos a nos entregarmos ao que quer que seja que nos faça sentir vivos.

Cena do filme O Diabo de Cada Dia / Netflix – Foto: Divulgação

De qualquer jeito, O Diabo de Cada Dia traz um ponto de vista que aproxima o espectador dos dramas e o choca com as conectividades do acaso. Depois dessas referências e seus elementos narrativos, esse filme ganha ponto positivo ao fazer uma boa adaptação do livro de Donald Ray Pollock ( que se chama O Mal Nosso de Cada Dia, publicado em 2011 e sucesso imediato de vendas)

Com excelentes atuações, uma direção singular e um roteiro bem estruturado, O Diabo de Cada Dia é mais um acerto da Netflix, em um ano onde o streaming está comprovando frequentemente a qualidade de suas produções. Se você não tem medo de encarar o abismo dentro de si, é um filme mais do que bem-vindo.

Cena do filme O Diabo de Cada Dia / Netflix – Foto: Divulgação

Para o grande final, O Diabo de Cada Dia é um filme psicológico que sabe explorar algumas das melhores coisas do gênero. E na minha opinião uma prévia de como a religiosidade vista como única solução pode ganhar um teor e sabor destrutivo onde essa violência é encarada como um ciclo e não como uma linha reta é, tornando assim uma representação bem real.

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