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A ASSISTENTE | A luta contra o assédio sexual e a importância de debater o movimento #MeToo (Crítica)

Fala bando de geek, que eu amo chamar todos de protocoleiros! Estou aqui para mais um texto amigável, em especial de uma atriz que fiquei fã graças a série Ozark. Estou falando da atriz linda e maravilhosa Julia Garner, a sua atuação no longa “A Assistente” é boa e conta com a direção e roteiro de Kitty Green (‘Quem é JonBenet?’) e aborda o tema #MeToo (movimento contra o assédio sexual e a agressão sexual), contando uma narrativa simples e direta, porém, completamente em condições normais e sem carecer ou extravagar.

A Assistente / Amazon Prime Video – Foto: Divulgação

Jane (Julia Garner), é uma aspirante a produtora que consegue emprego como assistente de um executivo do entretenimento, com isso passam-se os dias, Jane começa a perceber todos os abusos no seu âmbito de trabalho, ela é a única personagem realmente bem desenvolvida pela trama. Logo Jane acumula diversas funções no trabalho desde os primeiros minutos do longa. Entretanto, a sensação de incômodo e humilhação só tende a aumentar conforme novos detalhes sobre sua relação com o chefe são reveladas.

O longa não teve grandes personagens para Julia Garner contracenar e Jane cresce diante do público por meio da performance excelente de atriz. Ela retrata perfeitamente o peso psicológico de sua posição e as suas incertezas ao recorrer ao setor de recursos humanos. Na minha opinião, um dos grandes momentos do longa acontece graças ao diálogo e boa dinâmica entre Garner e o colega interpretado por Matthew McFadyen. Para retratar um chefe tão tóxico e problemático, Kitty Green utiliza uma estratégia a qual curto muito, pois tem essa reflexão com o telespectador de não mostrar visualmente o personagem, mas sim deixar o público conhecer pequenos detalhes sobre ele.

A Assistente / Amazon Prime Video – Foto: Divulgação

Fora ainda quando assistirem, vão perceber que os telefonemas furiosos do chefe e e-mails de desculpas de Jane são os únicos momentos de relacionamento direto entre os dois, sendo todo o resto mostrado a partir da ótica de uma assistente. Kitty Green explora ao máximo a direção de fotografia, criando certa melancolia no longa. Neste caso, a principal estratégia é destacar o isolamento e solidão de Jane em relação aos seus colegas e o ambiente de trabalho. Meu adendo no qual eu adorei foi o tom melancólico nas cores predominantemente frias. 

Sem a presença de um “final feliz” e com a superação de Jane, A Assistente conta um capítulo da vida de muitas mulheres, seja na indústria cinematográfica ou seja em qualquer outro trabalho. O longa conta com uma narrativa menos idealista e não prejudica em nada tantas qualidades desta produção.

Trailer:

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