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DOOM PATROL | Crítica da 1ª temporada


Lançada em 2019 dentro do DC Universe, Doom Patrol é mais uma série baseada em personagens de quadrinhos. Apesar da tradução literal do nome da equipe ser soar melhor como Patrulha da Perdição ou Patrulha dos Condenados, a tradução brasileira optou por usar o nome Patrulha do Destino.

A equipe foi criada em 1963 por Arnold Drake, Bob Haney e Bruno Premiani alguns meses antes de Stan Lee e Jack Kirby criarem os X-Men, o que gera debate e alimenta a "fama" da casa das ideias de copiar criações de sua rival DC.

Na série, a Patrulha do Destino é composta pelo cientista Niles Caulder/Chefe (Timothy Dalton), Cliff Steele/Homem-Robô (Brendan Fraser), Rita Farr/Mulher-Elástica (Abril Bowlby), Crazy Jane (Diane Guerrero), Larry Trainor/Homem-Negativo (Matt Bomer), Victor Stone/Ciborgue (Joivan Wade). O grande vilão da 1ª temporada é Eric Morden/Sr. Ninguém (Alan Tudyk). 

Dividida em 15 episódios, essa temporada de estreia usa e abusa de flashbacks para dar profundidade e montar a história por trás de cada um desses "condenados", que conquistaram seus poderes após eventos trágicos em suas vidas.

Algumas mudanças com relação ao material original foram realizadas de forma com que fosse permitido a equipe criativa do show abordar a fundo e de forma por vezes mais séria, e outras mais descontraidamente, temas profundos, como depressão e homossexualidade.

Dentre as mudanças mais importantes e que ajudaram na construção dos personagens, destaco a origem de Cliff, que nos quadrinhos não possuía família, e Larry, que não é homossexual. Essas alterações permitiram o melhor aproveitamento de seus intérpretes, Brendan Fraser e Matt Bomer, que devido a seus personagens serem totalmente caracterizados, não mostrariam seus rostos na série, mas puderam ter seu tempo de destaque com a "cara limpa" durante flashbacks. Apesar disso, ambos mandaram muito bem também quando somente sua voz era ouvida.

A outra mudança está no vilão, o Sr. Ninguém, pois sua versão live-action se tornou bem mais perigosa. Originalmente nos quadrinhos, o poder desse personagem era de absorver a sanidade dos outros, já na série, ele recebeu um grande upgrade, agora possuindo a capacidade de alterar a realidade. Isso sem falar da excelente atuação de Alan Tudyk no papel, um dos grandes destaques da série, muito pelo fato do show também fazer com que seu personagem quebre a quarta parede e converse com os expectadores, mostrando que ele tem consciencia que faz parte de uma série de TV.

No geral, Doom Patrol traz atores inspirados, o que rende ótimas atuações de seus protagonistas, uma história bizarra e que funciona, uma vez que a série não tenta se levar a sério, e faz isso de uma forma tão natural, que é muito bom de se assistir. Essa equipe se mostra bastante desfuncional e sai totalmente fora da casinha ao enfrentar os diversos riscos que se apresentam. Sem dúvidas, Doom Patrol precisa ser assistida por todos que se consideram fãs de quadrinhos, pois consegue dar destaque a personagens secundários e até mesmo desconhecidos do universo da DC.

Sinopse:

Os membros da Patrulha do Destino sofreram acidentes horríveis que lhes deram habilidades sobre-humanas, mas também os deixaram marcados e desfigurados. Traumatizados e oprimidos, a equipe encontrou um propósito através do Chefe, que os reuniu para investigar os fenômenos mais estranhos existentes e proteger a Terra do que eles encontram.

Nota: 4,5/5.




Trailer:
 


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