EXERCITO DE LADRÕES | Crítica do filme
Sebastian (Matthias Schweighöfer), mais tarde conhecido como
Ludwig Dieter, tem grandes sonhos que não se manifestam na realidade. Ele passa
seus dias trabalhando em um emprego estúpido sendo gritado por clientes
desagradáveis em um banco e grava vídeos em seu tempo livre sobre seu
entusiasmo em arrombar cofres. Tudo muda quando um comentário de Gwendoline
(Nathalie Emmanuel) em seu vídeo o leva a um concurso de arrombamento de cofres
e a se juntar a uma equipe internacional de ladrões em uma ousada série de
assaltos.
Sebastian já se estabeleceu como alguém com um conjunto
particular de habilidades e consideravelmente menos perspicácia em relação ao
que o universo deste filme exige de seus personagens. Promover um personagem coadjuvante
cuja função principal é o alívio cômico é sempre um esforço arriscado e para
surpresa do público temos atitude maravilhosamente acertada neste caso. Ele é
charmoso e hilário e responde a quase todas as situações de uma maneira que
expressa choque e surpresa, comentando se tudo vai ser "como é nos
filmes". Como o público, ele pode não estar preparado para o que está para
acontecer a seguir, mas não tem escolha a não ser seguir em frente.
Os títulos de abertura tocam em uma trilha dinâmica, que dá
o tom para o resto do filme. Sebastian está tão entediado em sua vida diária
que mal consegue processar o fato de que há um distante apocalipse zumbi está começando
e que esses sinais aparecem algumas vezes em pesadelos vívidos que acabam prenunciando
os horrores que ele enfrentará em Army of the Dead. Mas neste filme, o que ele
deve enfrentar é uma equipe de personalidades fortes com motivações
conflitantes e seu próprio despreparo para o mundo real. Observá-lo se debatendo
e tentando acompanhar é divertido, mas também há espaço para momentos sérios em
que as habilidades e o talento de Sebastian começam a brilhar.
A ausência de Snyder atrás das câmeras não deve ser vista
como nenhum tipo de demérito, uma vez que Schweighöfer é enormemente capaz,
dirigindo uma aventura bem ritmada que como seu antecessor pode ser um pouco
mais longa do que o necessário, mas permanece envolvente durante todo seu tempo
de execução. É impressionante que este filme funcione tão bem, dado que foi
gerado a partir de um filme de zumbi e é um exemplo perfeito de uma edição
autônoma que poderia ser combinada com o original tanto quanto poderia atingir
um público totalmente novo. Matthias Schweighöfer tem muita experiência em fazer filmes na
Alemanha e o ator faz uma transição perfeita para uma produção totalmente em
inglês.
Os atores que apoiam Schweighöfer são igualmente competentes
e soberbamente escalados. Stuart Martin, Ruby O. Fee e Guz Khan têm papéis
relativamente menores, mas aproveitam ao máximo como membros da tripulação de
Gwendoline e Jonathan Cohen faz de Delacroix, o infeliz agente que persegue
esses criminosos, uma parte divertida e assistivel do filme. Outro grande destaque
fica para a verdadeira estrela que contracenou com Schweighöfer, Nathalie
Emmanuel prova mais uma vez que ela é ótima em equilibrar ação e comédia.
Em Exército de Ladrões: Invasão da Europa, derivado de Army of the Dead, a vida do bancário Ludwig Dieter (Matthias Schweighöfer) passa por uma reviravolta quando Gwendoline (Nathalie Emmanuel), uma mulher misteriosa, o recruta para se juntar aos criminosos mais procurados do mundo e roubar uma série de cofres superprotegidos na Europa.
Nenhum comentário