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JOLT | Crítica do filme



Sumida por um tempo, Kate Beckinsale volta aos holofotes em Jolt, filme que mostra uma mulher com um problema de controle da raiva assassino em um thriller de ação alegremente trash que foi lançado no Amazon Prime Video. Infelizmente, os resultados são decididamente decepcionantes, mesmo com Beckinsale sendo bastante competente em suas cenas, o longa em si é bem decepcionante e o roteiro e direção de Tanya Wexler (Hysteria, Buffaloed) é bem simplista, mostrando a protagonista Lindy Lewis (Kate Beckinsale) como uma segurança com um problema de controle da raiva violento que ela trata ao dar choques elétricos nela mesma sempre que sente um ataque de raiva chegando. Seguindo o conselho de seu psiquiatra, Dr. Munchin (Stanley Tucci), Lindy começa a namorar, mas quando seu novo namorado Justin (Jai Courtney) é assassinado após o segundo encontro, ela decide usar sua raiva para um bom uso e começa a vingar sua morte.

O filme começa cedo com um narrador explicando a condição de Lindy, que é chamada de Transtorno Explosivo Intermitente e o enredo trata de abordar de forma ligeira toda a aflição que afetou os primeiros anos de Lindy. Isso leva a alguns momentos divertidos (por exemplo, a jovem Lindy quebrando o rosto de uma criança em um bolo), até que a Dr. Munchin chega com um colete especial forrado com eletrodos, ativado por um botão no polegar, que permite que Lindy tenha controle do seu problema.

Em termos de suspense de ação, você não pode ter uma personagem dando a si mesmo choques elétricos regulares sem imediatamente lembrar de Adrenalina (2006), o tumultuoso thriller de Jason Statham no qual seu Chev Chelios com cabeça de bala teve que continuamente tomar choques para manter sua frequência cardíaca acima do ponto em que iria matá-lo. Se comparamos as duas histórias,  Adrenalina acaba sendo mais eficaz em impulsionar o problema em tomar choques elétricos de Che Chelios como uma válvula de escape inteligente para as cenas de ação, já Jolt coloca que os choques elétricos acabam impedindo Lindy Lewis de cometer violência.

Infelizmente com este conceito é defeituoso desde o início, já que simplesmente não é interessante assistir Lindy tentando parar de bater nas pessoas o longa tenta contornar isso incluindo sequências violentas de fantasia para mostrar o que aconteceria se ela não continuasse pressionando o botão, mas isso apenas reduz a ação a um thriller em que metade da ação não está realmente acontecendo.

Talvez seja injusto criticar um filme como este por não parecer realista, mas ao mesmo tempo, o roteiro inclui tantos momentos que nunca aconteceriam que parece que está deliberadamente tentando irritar o espectador ou fazê-lo de idiota. Já é estranho o suficiente que Lindy já não esteja presa por várias acusações de agressão, mas também há coisas como o jeito que ela simplesmente entra casualmente em uma delegacia de polícia e olha seus arquivos, aparentemente sem ser notada.

Seria mais fácil perdoar as inadequações do roteiro se as cenas de ação fossem emocionantes, mas elas são dolorosamente genéricas e mal coreografadas, tornando-as nada divertidas de assistir. Da mesma forma, o roteiro dá muita importância ao fato de Lindy ser mais forte e mais rápida por causa de sua condição, mas não há nenhum momento no filme em que isso seja aparente ou tenha algum uso real. Há um momento em que o filme tenta ser ousado e provocativo durante uma cena de briga, mas sai pela culatra, porque ver Lindy jogando bebês da maternidade em uma policial para escapar não é tão chocante nem tão hilário quanto o filme tentou passar.

Os problemas de ação também não param por aí, pois há uma perseguição de carros extremamente mal editada (a ponto de Wexler nem se dar ao trabalho de direcionar Beckinsale para que pareça que ela esteja dirigindo) e também há várias explosões que parecem ter sido incluídas para animar um pouco as coisas.

No geral, a única coisa que o filme realmente tem a seu favor é a atuação de Beckinsale. Sua atitude casual e entrega são os únicos elementos que parecem originais e interessantes no filme. Como resultado, ela é muito assistível em um filme de semana para passar o tempo, pois a produção tem um elenco excelente que acaba sendo desperdiçado.

Nota: 2,5/5

Sinopse: 

Lindy (Kate Beckinsale) vive com uma condição rara: ela tem impulsos assassinos esporádicos. Contrariando sua natureza incomum, ela finalmente confia em um homem e se apaixona, mas acaba o encontrando morto no dia seguinte. Inconformada e de coração partido, Lindy embarca em uma missão sangrenta em busca de vingança. 

Trailer:
 

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