A ERA DO GELO: AS AVENTURAS DE BUCK | Crítica da animação

Uma das animações mais conhecidas e bem-sucedidas de Hollywood, A Era do Gelo ganhou uma nova sequência nesse início de 2022.

Primeiro filme da franquia a ser produzido pela Disney, A Era do Gelo: As Aventuras de Buck é o 6º filme de Manny, Diego, Sid e companhia, aparentemente deveria ser focado em Buck, o que causa certa confusão ao descobrirmos que os reais protagonistas são os irmãos gambás Crash e Eddie.

Em "Aventuras de Buck", a dupla de gambás resolve sair de sua disfuncional manada para se provarem capazes de viver sozinhos, e com isso vão atrás de Buck, que está acostumado com isso. Lá eles descobrem que o Mundo Perdido está correndo em perigo e decidem ajudar Buck a salvá-lo.

De cara, sentimos bastante falta de Manny, Diego e Sid, uma vez que a base de todo esse universo é centrado no trio, que consegue trazer risadas não somente com piadas, mas em toda sua interação. Crash e Eddie, mesmo com a ajuda de Buck e de sua amiga Z, não conseguem nem de perto trazer a mesma química do trio que protagonizou todos os 5 filmes anteriores.

Suas piadas e interação chegam a ser cansativas e muitas piadas não funcionam, uma vez que a Disney deixa de lado os fãs antigos da Era do Gelo e focam na nova geração, fazendo um filme divertido para crianças, com um humor bobo e muito físico, bem diferente dos filmes anteriores.

Talvez isso se deva ao fato da franquia ter perdido bastante força e ter filmes bastante esquecíveis, já que estão espremendo essa "laranja" até o bagaço para tirar qualquer gota de suco.

Ainda assim, o que mais fez falta na animação, com certeza, é o esquilo Scrat. Mesmo com a compra dos estúdios que produziram os filmes anteriores, os direitos autorais do pequeno esquilo que vive perseguindo sua Noz não veio no pacote, então para não gastar uns trocados a mais e comprometer o caixa da Disney, resolveram simplesmente cortar o personagem mesmo.

Outra coisa bastante esquisita foi Amora, filha de Manny e Ellie, ser totalmente ignorada no filme, e também, os filhotes da Mama T-Rex, que são mencionados brevemente mas não aparecem, como se não existissem.

Na parte técnica, também tivemos novidades, essas não muito boas. O estúdio focou bastante em criar texturas e trazer personagens bastante detalhados quando olhados de perto, em uma tentativa de colocar algum realismo neles, mas isso acabou trazendo estranheza, ainda mais quando comparado ao design genérico de paisagens e outros elementos quando vistos em imagem aberta.

Em resumo, A Era do Gelo: As Aventuras de Buck, é uma tentativa da Disney em aproveitar uma franquia já conhecida recém adquirida de forma a conquistar novo público. Originalmente programada para ser uma série para o Disney+, os executivos da empresa do rato resolveram transformar a trama em um filme, o que talvez não tenha sido a melhor das ideias.

Falta nas Aventuras de Buck, a essência do que é a Era do Gelo, mas convenhamos, talvez já seja hora de dar um descanso para a franquia e focar em outras produções, ou se for seguir nesse universo, criar novos personagens e abordar uma história totalmente diferente. Fica a dica Disney!

Nota: 2,5/5.