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HALO | Primeiras impressões da série



.Embora o game Halo Infinite tenha sido bem recebido pelo público em 2021, lançar uma produção em live-action voltado ao mundo do popular game que ganhou fama nos consoles da Microsoft, o Xbox, poderia ser algo arriscado. A franquia está indo para um campo onde a maioria das produções de jogos acabam tendo adaptações pitorescas e sempre são criticadas pelos fãs e a crítica especializada.

Tentando acabar com essa maldição e querendo ter seu próprio conteúdo original e popular, a Paramount+ resolveu correr o risco e lançou de forma decente o primeiro episódio de um entretenimento de ficção científica que mistura um pouco de diversão nerd. Nesta première intitulada “Contato”, tivemos o polimento suficiente para um esclarecimento rápido sobre a série de TV Halo, que não é canônica para os jogos. O que acaba tornando o show em vez disso, uma linha do tempo alternativa que permite que os criadores misturem e combinem conceitos familiares dos jogos, livros e quadrinhos da maneira que acharem adequada para este novo mundo.

Uma das personagens de destaque é logo apresentada como Kwan Ah (Yerin Ha), a filha de um general liderando um assentamento no planeta Madrigal, que busca a independência do governo da Terra e de todas as colônias da humanidade no espaço. Embora ela esteja fazendo travessuras adolescentes no início do episódio, não demora muito para que sua vida se torne irrevogavelmente entrelaçada com o Espartano Master Chief, ou John-117 (Pablo Schreiber).

Como nos jogos, os Espartanos são soldados cirurgicamente aprimorados usando armaduras de alta tecnologia. Mas ao contrário da leitura superficial dos jogos, os Espartanos não são tratados como heróis aqui. Kwan os vê como o punho de um império restritivo antes que os alienígenas Covenant ataquem a base dela e aqui Master Chief e seu exército dão seu cartão de visitas em uma interessante sequência de ação inicial em um CGI com pouco brilho.

Logo em seguida o episódio se concentra em nos apresentar o provável enredo da 1º temporada, onde vemos Master Chief tocar em um artefato alienígena que o faz lembrar de sua própria infância e família, o que acaba se tornando um problema para a cientista da UNSC, Catherine Halsey (Natascha McElhone), a criadora do programa Espartanos e a almirante Margaret Paragonsky (Shabana Azmi), mestre de inteligência da UNSC. Preocupadas por não poderem mais controlar sua melhor arma viva, elas tentam forçar Chief e Kwan a retornar à base central, o que acaba falhando e os dois companheiros improváveis ​​partem para a galáxia para explorarem novos mundos de forma bastante contagiosa, ainda mais para quem conhece o universo da franquia Halo.

Os efeitos sonoros de Halo embalaram a interessante batalha de abertura cheia de nostalgia e uma abreviação perfeita e divertida para a mistura de zumbido e tom de ficção científica militar que a série procura. Planos de perto também funcionaram melhor do que os de longe, com a coreografia de luta retratando efetivamente a letalidade e o peso dos personagens no qual o show se propõe ao apresentar Master Chief como mais expressivo do que nos jogos.

Para um primeiro episódio, temos muitas coisas acontecendo, inclusive com a aparição da filha de Halsey, Miranda (Olive Gray) e Makee (Charlie Murphy), humana criada entre os Covenant. Outra coisa interessante percebida é que o planeta de Kwan também é a fonte de uma planta que produz uma droga usada para tudo. Com tudo isso em jogo no primeiro episódio, “Contato” é tanto uma miscelânea de easter eggs e referências para os fãs de Halo.

Ainda assim, o programa reuniu muitos outros tópicos da história que são encobertos nos jogos. Foi um prazer ver Shabana Azmi como Paragonsky, um corte de conhecimento particularmente profundo. No entanto, pode ser um mau sinal que muito do prazer do show venha de ver os rostos familiares e não a dinâmica dos personagens. As conversas entre os personagens da UNSC são particularmente lentas e os cenários estéreis de uma maneira que provavelmente foi intencional, mas beira o genérico.

No geral, a série Halo teve um começo competente, mas que poderia ter sido mais interessante. Todas as declarações sobre guerra e vigilância que possa ou não estar fazendo precisarão ser apoiadas por algum entretenimento real, especialmente se o programa espera alcançar espectadores dentro ou fora do fandom. 

Nota: 3,5/5


Sinopse:

Em Halo, uma épica batalha acontece no durante o século XXVI entre a raça humana e uma espécie alienígena conhecida como Covenant. Após anos de domínio, quando colônias começam a se rebelar, a liderança da raça Covenant declara que humanos são hereges perante seus deuses e inicia uma onda genocida contra a raça humana. Após a redescoberta dos anéis de Halo, o líder Master Chief (Pablo Schreiber) ao lado de sua equipe e a inteligência artificial Cortana, irão tentar destruir o que para os Covenant é um instrumento poderoso. Em contrapartida, a espécie Covenant também passa por conflitos internos próprios quando um de seus comandantes é exilado e se alia junto com outros divergentes ao lado dos humanos. A trama explora a complexidade dessa nova sociedade em conflito e o passado de seus personagens, além de trazer incríveis cenas de ação. 

Trailer:




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2 comentários:

  1. Acho que vou esperar concluir a temporada para ver tudo de uma vez. Sinceramente não estou tão confiante assim.

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  2. Se você for um fã hardcore dos jogos poderá se decepcionar, já se for fã de filmes e séries de ficção irá gostar...é algo bem relativo, mas custa dar uma chance.

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