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TURMA DA MÔNICA: LIÇÕES | Crítica do filme



As produções brasileiras acabam sempre sofrendo um desdém dos seus próprios compatriotas, é incrível como nós brasileiros criticamos sem pudores os filmes e séries brasileiros que em muitos casos merecem receber críticas sim, pois acabam caindo no comodismo de explorar os mesmos temas. Mas quando uma produção consegue explorar o imaginário de crianças e adultos e mesclar de forma simples e franca um enredo saudosista, eis que o elogio merece ser destacado.

A versão em live-action de Turma da Mônica segue esse caminho, o primeiro filme Turma da Monica: Laços foi simples, mas aconchegante e conquistou o coração dos brasileiros com uma história de companheirismo com a turma do Limoeiro. Já em sua aguardada sequência, Turma da Mônica: Lições não ensina somente as crianças a mensagem sobre amizade, companheirismo e respeito, mas também ensina aos adultos o amor fraterno em enfrentar a mudança de vida, a transição de ser criança para a fase adulta.

Com o comando do experiente Daniel Rezende, Turma da Mônica: Lições cativa com sua simplicidade, mas emociona em transmitir uma mensagem forte em um período turbulento no qual vivemos em nossa sociedade atualmente. O enredo de mudança com a turma do Limoeiro ajuda no desenvolvimento de transformação e isso colabora em expandir o incrível universo criado por Mauricio de Sousa, que mais uma vez faz uma participação especial, igual o Stan Lee nos filmes da Marvel.

Essa expansão não é gratuita e os novos personagens na trama agregam para o amadurecimento da Mônica, Magali, Cebolinha e Cascão. O roteiro feito por Thiago Dottori e Mariana Zatz é eficaz em conquistar tanto as crianças e também os adultos com as angustias que as crianças estão sofrendo ao fugirem da escola. Pois as consequências enfrentadas durante a trama não são poucas e isso fica evidente no contexto em que eles demonstram, pois mesmo crescendo a gente ainda tem aquela criança em nós. A mensagem é linda e super acertada e fora que durante o terceiro ato na peça sobre Romeu e Julieta temos a conclusão perfeita sobre esse ótimo desenvolvimento que o filme desencadeou.

Entre o elenco temos destaque especial para atuação de Giulia Benite, a jovem atriz consegue passar emoção em enfrentar as mudanças da Mônica em conhecer novas pessoas e encarar uma nova fase na sua vida de transformações. Laura Rauseo como a Magali também merece grandes elogios na sua atuação em demonstrar os problemas de ansiedade da personagem. Gabriel Moreira como Cascão transmite com primor o medo por água do seu personagem, nesta sequência o jovem ator tem mais espaço para atuar e não acaba ficando refém em ser só um apoio para o Cebolinha, que continua tendo uma boa atuação por Kevin Vechiatto.

No geral, Turma da Mônica: Lições é um dos melhores filmes brasileiros dos últimos anos, a produção consegue transmitir um mix de emoções em um tempo em que esperança e amizade são cada vez mais raros, mesmo com os momentos bobos e simples, a película de Daniel Rezende consegue expandir e cativar o universo rico de Mauricio de Sousa com uma cena pós-crédito que acaba sendo maior e mais importante que qualquer coisa que a Marvel já fez na vida.

Nota: 4,5 / 5


Sinopse:

Os pais de Mônica (Giulia Benitte), Cebolinha (Kevin Vechiatto), Magali (Laura Rauseo) e Cascão (Gabriel Moreira) estão preocupados que o tempo que os quatro amigos passam juntos esteja prejudicando seus estudos. Os pais de Mônica então decidem transferi-la para outra escola. Depois dessa ruptura do grupo, a turma toma uma decisão: fugir.

Trailer:


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