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ANIMAIS FANTÁSTICOS: OS SEGREDOS DE DUMBLEDORE | Crítica do filme



O terceiro filme da franquia Animais Fantásticos e Onde Habitam, intitulado Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore, continua diretamente a trama de seu antecessor, Os Crimes de Grindelwald. 

Nele, Dumbledore continua agindo indiretamente contra o bruxo Grindelwald para impedir o sucesso de seu plano, que é subjugar o mundo trouxa, pois considera todos os seres que não possuem magia como irrelevantes e inferiores ao mundo bruxo.

Com a troca de ator no papel de Grindelwald, perdemos bastante da essência inicial do personagem. Johnny Deep trazia um ar mais perigoso e imprevisível ao bruxo, enquanto Mads Mikkelsen, embora bastante competente e com uma ótima atuação no papel, dá ao vilão um ar mais burocrático, como um personagem mais calculista.

A construção do personagem Grindelwald se diferencia bastante do outro grande vilão desse universo, Voldemort. Enquanto o herdeiro de Sonserina se utilizava do medo como forma de convencimento e montagem de seu exército, o grande antagonista de 'Animais Fantásticos' faz mais o estilo político, que consegue entrar no subconsciente de seus seguidores, fazendo por consequência que eles se mostrem mais fiéis que os Comensais da Morte.


No quesito atuações, Mikkelsen é com certeza o grande destaque em 'Os Segredos de Dumbledore'. Quase todos os atores presentes em grande parte do filme seriam facilmente descartáveis e ninguém notaria sua falta, mesmo Newt Scamander (Eddie Redmayne) e Dumbledore (Jude Law) não impressionam em seus papeis.

O roteiro do filme chega a ser preguiçoso ao não trazer qualquer justificativa plausível para a presença de Jacob (Dan Fogler) além de manter um dos protagonistas presentes na trama, e suas piadas já não surtem efeito como no primeiro filme. Vamos lembrar que em 'Os Crimes de Grindelwald', o personagem já estava deixando bastante a desejar. Também Tina Goldestein (Katherine Waterston) não aparecer sequer uma vez em busca de sua irmã que se tornou uma seguidora de Grindelwald, não faz qualquer sentido com a construção da personagens nos dois primeiros filmes da franquia.

A pouca presença de Dumbledore nos filmes anteriores é um pouco revertida, trazendo ao bruxo mais tempo de tela, mas isso pouco ajudou, já que ele não esteve presente em grande parte das cenas de ação, e nas que esteve, a execução não foi tão bem trabalhada e soaram como cenas genéricas e avulsas. Sua pequena batalha contra Grindelwald ao final do filme foi bastante decepcionante, diga-se.

Aos poucos, a franquia 'Animais Fantásticos', mesmo que escrita diretamente pela criadora desse universo, vai se mostrando apenas um caça-níquéis para a Warner e Rowling, pecando tanto no roteiro, quando na execução de coisas básicas. Talvez como um expectador casual, que não é tão ligado ao mundo criado nos livros de Harry Potter, o filme seja uma boa pedida, mas provavelmente os fãs da saga estão ficando um pouco mais decepcionados a cada filme, pois esperávamos bem mais após o lançamento de Animais Fantásticos e Onde Habitam, em 2016.

Ainda mantenho a esperança de uma grande batalha e ótimas cenas de ação na batalha final entre Dumbledore e Grindelwald, várias vezes mencionada na obra original e que resultou em vitória do diretor de Hogwarts e consequente conquista da Varinha das Varinhas, o que deve ocorrer no planejado 5º e último filme da franquia. Até lá, Mal Feito, Feito.

Nota: 3/5.




Trailer:


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