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DOUTOR ESTRANHO NO MULTIVERSO DA LOUCURA | Crítica do filme



Levando a saga da Marvel Studios adiante, o aguardado Doutor Estranho no Multiverso da Loucura finalmente foi lançado nos cinemas, o longa é o 28º filme do Universo Cinematográfico da Marvel, o UCM, apresentando alguns novos personagens e relembrando alguns velhos conhecidos.

Situado alguns meses após os acontecimentos de Homem-Aranha: Sem Volta para Casa, a produção segue o Dr. Stephen Strange, que lançou um feitiço proibido para apagar a identidade do Homem-Aranha da mente das pessoas. No entanto, as coisas saíram do controle, pois o feitiço abriu a porta para o Multiverso com versões alternativas de diferentes personagens sendo capazes de atravessar linhas do tempo e universos, as consequências veem à tona quando uma versão alternativa do Doutor Estranho sofre com uma grande ameaça e as forças combinadas de Strange, Wong e Wanda Maximoff terão que ser suficientes para salvar nossa realidade ou poderão ser dominadas, eis o que compõe o dilema inicial do filme.

Vale lembrar que desde o início, o espectador é informado de que diferentemente dos filmes anteriores do UCM, Doutor Estranho no Multiverso da Loucura contará com personagens mais sombrios e isso se torna uma grande apresentação nas telonas com a ótima direção de Sam Raimi. O prestigiado diretor que já trabalhou nos filmes do Homem-Aranha com Tobey Maguire retorna ao universo de heróis brincando e apresentando o multiverso com cenas que homenageiam os filmes de terror, tendo até algumas cenas gores envolvendo Wanda Maximof ao estar totalmente louca como a Feiticeira Escarlate.

Sam Raimi se saiu muito bem e apesar de enfrentar o desafio de marginalizar diferentes realidades e versões de histórias em um único enredo linear, ele fez um trabalho brilhante com momentos sombrios e pesados que são ​​bem intercalados com humor e brincadeiras alegres, Raimi garante que o filme seja fácil de assistir para os fãs ao apresentar bons easter-eggs e referências de filmes, séries e quadrinhos.

Nesse meio, Raimi foca também na relação quase paternal entre Stephen Strange e America Chavez, que é uma nova heroína que é a chave para atravessar o multiverso e arrumar as realidades e isso gera o interesse da Feiticeira Escarlate para que ela acabe se tornando a vilã da história. Em questão cinematográfica o filme entrega tudo o que se espera, mas a composição da história é feita de altos e baixos, como se fosse literalmente uma montanha-russa em um parque de diversões. Tudo ali é colorido, interessante e bastante chamativo, mas tem momentos que não engrenam e que de repente são acelerados de uma forma bastante sugestiva.

Michael Waldron foi o responsável pelo roteiro e fica evidente que o longa sofreu cortes bruscos para que o enredo fosse encaixado em um filme de 2 horas, mesmo assim o roteirista conseguiu adaptar as obras de Stan Lee e Steve Ditko dos quadrinhos com boas referências, o desenvolvimento da personalidade e o protagonismo de Strange gera ao público entusiasmo em querer acompanhar o filme e isso se com o futuro dos filmes do UCM com a apresentação das Incursões.

Se antes quando Thanos era ameaça e a gente só ouvia falar das Joias do Infinito, as Incursões será o termo que vamos ouvir e ver bastante de agora em diante. O nome é nada mais do que o resultado de uma contração na linha do tempo do Multiverso. Eles existem em uma natureza paradoxal e nesse período os universos se colidem em uma duração de exatamente oito horas. Durante esse tempo, existe um curto período de alinhamento harmônico que permite que ambas as Terras coexistam uma ao lado da outra sem quaisquer efeitos prejudiciais.

Com as Incursões, podemos esperar o retorno de velhos conhecidos e Doutor Estranho no Multiverso da Loucura nos dá esse gostinho com boas participações especiais, mesmo que elas tenham sequências rápidas que foram amassadas com os evidentes problemas de ritmo e edição do longa, Sam Raimi acabou fazendo milagre com algumas sequências dignas de sustos que certamente darão ao espectador um êxtase ao acompanhar o longa que possui um deleite visual com o capricho de John Mathieson na fotografia, ele nos mostra belos retratos visuais do Multiverso e a trilha sonora de Danny Elfman emociona com sons bem modulados que se acumulam ao clímax perfeitamente composto da trama.

Em termos de performances, Benedict Cumberbatch se saiu bem em seu papel de Doutor Estranho, assim como Elizabeth Olsen como Feiticeira Escarlate / Wanda Maximof, ambos os protagonistas são o ponto forte para segurar todo interesse na trama, o desenvolvimento deles é fenomenal. Xochitl Gomez como America Chavez consegue brilhar em seu papel limitado e quanto aos outros que participaram, cada um deu o seu melhor na execução de seus papéis que foram encurtados justamente pela edição e história.

No geral, Doutor Estranho no Multiverso da Loucura é definitivamente um filme bem interessante, a câmera de Sam Raimi nos mostra cenas empolgantes e um visual sombrio e bem-humorado, o filme leva os espectadores a uma montanha-russa de sustos e de uma história que poderia ter sido bem mais caprichada, pois o longa tem sérios problemas de ritmo na história e também na sua edição que deverá agradar os fãs da Marvel ao atiçar sobre a porta do Multiverso que está aberta e será algo dominante nos futuros lançamentos do UCM.

Nota: 3,5/5


Sinopse:

Em Doutor Estranho no Multiverso da Loucura, do Marvel Studios, o MCU liberta o multiverso e explora seus limites como nunca foi feito antes. Viaje pelo desconhecido com Doutor Estranho, que, com a ajuda de novos e velhos aliados, atravessa insanas e perigosas realidades do Multiverso para confrontar um misterioso novo adversário.

Trailer:


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