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STAR TREK: PICARD | Crítica da 2ª temporada



Ultimamente as produções televisivas da franquia Star Trek estão se tornando materiais que procuram se relacionar com a produção original e ao mesmo tempo tomam suas próprias decisões. Quando Star Trek: Picard foi anunciado, o público esperava que pudéssemos ver Patrick Stewart retornando à ação em um papel que o consagrou e não filosofando no espaço e tomando vinho como aconteceu na inconsistente, mas interessante 1º temporada.

Com o lançamento da 2ª temporada e as informações com grandes participações que iriam acontecer, esperava-se que finalmente veríamos o que todos esperavam, algo que com ação e que traga ficção cientifica do modo trekker que todos os fãs esperam. Com o encerramento desta nova temporada, o gostinho amargo ficou mais uma vez, não quero dizer com esses que está 2º temporada foi fracasso, pelo contrário, ela é ótima e para mim e até para muitos deve ser considera como uma produção melhor que a 1º temporada, o que fica aqui é o show transmitiu a sensação de que a narração descomprimida funciona contra a manutenção do interesse da história ao longo dos dez episódios que a compõem.

É notório apontar que a série é uma sequência e spin-off de Next Generation, que se mistura com a boa ideia em explorar mais da vida de Jean-Luc Picard. Temos isso finalmente, mas a transmissão das boas ideias em mostrar o prometido retorno de Q de John de Lancie, que atua de forma exuberante, em suas aparições o ator acaba dando um show e esperávamos que seu julgamento interminável com Picard não se perdesse em uma viagem para o século XXI. O roteiro de Akiva Goldsman, Terry Matalas e companhia começam o enredo em um jogo exótico de gato e rato entre Q e Picard de forma primorosa com a investigação dos traumas do passado do personagem de Patrick Stewart são marcantes.

Já desde o primeiro episódio foi perceptível uma correção de rumo, o desfazer daqueles pequenos nós que não permitiam que a série crescesse organicamente. Isso se traduz em um melhor tratamento dos personagens, incluindo, por exemplo, Jurati (Alison Pill), Ríos (Santiago Cabrera); Sete de Nove (Jeri Ryan) e Raffi (Michelle Hurd), que funcionam muito bem e acabam ganhando destaque em alguns episódios, eles não são somente a boa equipe de apoio do Picard. Também temos um pouco mais de ação para não ficarmos presos na ambição de plantar um ótimo design de história, pois a série se destaca também pelo bom elenco.

Em sua primeira parte, Star Trek: Picard é poderosa e bem entusiasmada, mas a segunda parte perde muito fôlego no que reina tanto a frustração de missões que acabam não dando certo quanto a exploração de um trauma do passado de Picard. Tanto que chegamos ao final da temporada um tanto exaustos e se não fosse pela primeira parte primorosa, pois ficou a sensação de não sabermos do que se tratava toda essa odisseia em que os protagonistas embarcaram.

Apesar de ter uma clara melhoria em relação à 1º temporada, no geral Star Trek: Picard ainda não terminou de navegar precisamente no seu desenvolvimento pleno e ficou um outro gosto amargurado de que a série ainda não atingiu o seu potencial e não acertou o seu rumo, fica a esperança mais uma vez de que a próxima temporada já confirmada, acabe trazendo o que todos esperam, pois ela será a temporada final de um show que infelizmente acaba voando até as estrelas e no final acaba caindo para o mesmo lugar por não saber o seu rumo..

Nota: 3,5/5


Sinopse:

Picard (Patrick Stewart) e sua equipe acabam embarcando em uma inesperada viagem no tempo, para o século 21, na busca por uma solução para os perigos que assolam a Terra e podem mudar para sempre o futuro da galáxia.

Trailer:


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