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JURASSIC WORLD: DOMÍNIO | Crítica do filme



Trinta anos depois que Jurassic Park roubou nossos corações, o grande final da franquia Jurassic World: Domínio chegou, elevando as apostas a uma escala global sem precedentes e unindo o elenco de World com o legado de Park para uma grande aventura e a melhor e possivelmente única maneira de descrever Jurassic World: Domínio é caos, puro caos com dinossauros.

O filme começa quatro anos após os eventos de Reino Ameaçado e perde um pouco de tempo nos levando de volta ao centro da ação, reintroduzindo rapidamente este mundo onde os dinossauros agora correm livremente. Owen (Chris Pratt), Claire (Bryce Dallas Howard) e Maisie (Isabella Sermon) formaram sua própria pequena família e vivem em relativo isolamento, com seu colega Velociraptor Blue e seu lindo filho Beta vivendo a distância dos predadores humanos que estão tentando colocar as mãos em seu DNA, o que pode resultar na salvação ou na destruição da humanidade em geral.

Infelizmente, Maisie e Beta acabam sendo capturados pela corporação Biosyn e o filme rapidamente se torna uma corrida contra o relógio para Owen e Claire rastrearem sua filha adotiva e o bebê de Blue antes que seja tarde demais. Sua busca os leva por todo o mundo e os coloca em rota de colisão com os heróis de Jurassic Park.  Ver os retornos da Dra. Ellie Sattler (Laura Dern), do Dr. Ian Malcolm (Jeff Goldblum) e do Dr. Alan Grant (Sam Neill), faz com que aquela alegria saudosista de lembrar de sua infância de uma sessão da tarde em frente a televisão logo seja sintonizada na sua mente.

O trio lendário está investigando o aparecimento de gafanhotos pré-históricos que estão devastando plantações em todo o mundo e ameaçando a fome em massa. Esses gafanhotos gigantes são de propriedade da corporação Biosyn e a partir daí começa o desenvolvimento de Jurassic World: Domínio, que opera essencialmente como dois filmes separados, com o trio de personagens de Jurassic Park em sua própria jornada, enquanto os personagens da nova geração têm seu próprio enredo separado até que ambos os lados convirjam convenientemente.

Sam Neill, Laura Dern e Jeff Goldblum são um deleite absoluto neste filme, e ver o trio Jurassic Park de volta na tela juntos é um sonho completo. Os três são os personagens mais fortes de toda a franquia e brilham a cada momento em que estão na tela. Neill e Dern têm uma química cativante, enquanto Goldblum é encantador sem esforço e perpetuamente hilário. O maior triunfo deste filme é reunir esses três atores icônicos e embora seu enredo deixe muito a desejar, não há ninguém se divertindo mais neste filme do que os três. Já Chris Pratt e Bryce Dallas Howard acabam tendo uma atuação protocolar e sem emoção, o que acabou dando ao diretor Colin Trevorrow uma dura missão de tentar arrumar esse desequilíbrio com um enredo que tem alguns momentos agradáveis e divertidos, pois o filme possui algumas das melhores sequências de ação da franquia e também graças aos atores de alta qualidade envolvidos e uma dose pesada de nostalgia acabaram elevando um roteiro chocantemente abaixo da média.

Em termos de ação, Domínio é uma explosão absoluta e a sequência de perseguição de motocicleta com os Atrociraptors e outros dinossauros enlouquecidos pelas ruas de Malta é um espetáculo completo, enquanto a sequência do Pyroraptor no gelo é seu próprio tipo de passeio emocionante e depois há a tensa sequência no final com o Giganotossauro lutando com o T-Rex.

A palavra “Domínio” significa literalmente autoridade suprema, mas esse subtítulo parece se referir mais à humanidade mantendo seu domínio do que aos dinossauros tomando o seu de volta, parece que ocorreu a interferência do estúdio e para encerrar a sextologia ou a nova trilogia foi certamente uma tarefa difícil para Colin Trevorrow, que acabou deixando muito a desejar em prometer uma coisa e entregou outra, pois embora Jurassic World: Domínio tenha todos os ingredientes de um grande blockbuster com grandes atores, a produção nunca parece ser aquilo que ela tenta ser e sua conclusão deixa uma porta entreaberta para um novo começo, onde histórias potencialmente mais interessantes podem ser contadas com esse mesmo lote de personagens e/ou possivelmente alguns novos.

No geral, Jurassic World: Domínio é puro caos nos seus atos e se alimenta pela nostalgia com a amplificação de sequências de ação agradáveis, entretanto mesmo com esses pontos a história é mais ou menos e possui um enredo com saídas fáceis e que geram preguiça de acompanhar em duas horas de entretenimento que no final poderá se tornar uma oportunidade perdida de que poderia ser algo bem melhor, mas que ainda assim é um escapismo divertido que deve satisfazer alguns espectadores menos exigentes.


Nota: 3/5

Trailer:


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