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Primeiras impressões da série The Last of Us




Adaptações de jogo para o cinema e série são sempre algo emocionante de se ver acontecer, mas são abordadas com cautela devido à frequência com que são mal feitas. No entanto, parece que não é o caso da série The Last of Us, já que o primeiro episódio que estreou na HBO e travou ao mesmo tempo o streaming HBO Max nos passou que a produtora tem uma nova mina de ouro nas mãos.

O episódio de pouco mais de uma hora de duração não parece se apressar em nada e permite nos explicar tudo antes de iniciar a jornada dos protagonistas, Joel e Ellie. A sequência de introdução icônica é desenvolvida na íntegra e a atuação é boa a ponto de embora que saibamos o que está para acontecer, ela ainda consegue atingir você com a mesma força ao vê-la de forma tão imersiva. Desde os pequenos detalhes do ambiente e os diferentes estágios do fungo cordyceps, temos uma sensação claustrofóbica ao nos depararmos com uma cidade apocalíptica onde tudo parece combinar adequadamente com os estilos que vimos no próprio jogo.

Também foi bastante inteligente como eles conseguiram apresentar os vagalumes e a briga que os sobreviventes têm com eles sem ter nenhuma conversa real sobre eles. O logotipo pintado com spray em vários lugares, às vezes mostrado sendo ativamente pintado pelos cidadãos com a frase: “quando você se encontrar perdido no escuro, procure a luz”, escrito em pequenas variações em diferentes paredes. Vemos também que diálogos mostraram o desdém que muitos tem pelo grupo e isso foi uma maneira interessante de apresentar uma facção tão grande em um ponto da trama mais adequado, pois eles não são uma das estrelas da série, pelo menos não agora.

Pois um aspecto que realmente me preocupava era o diálogo e o desenvolvimento da trama sem se basear no jogo, aqui o showrunner Craig Mazin usa toda sua versatilidade e experiência e consegue criar personagens rudes e ao mesmo tempo adorados, dando ao espectador uma tarefa de apenas apreciar as boas atuações em tela. Pedro Pascal é magistral como Joel, ele consegue transitar entre um pai amoroso e um canalha astuto com um propósito cheio de boas intenções, enquanto a Ellie de Bella Ramsey é uma garota inteligente e teimosa que odeia suas circunstâncias enquanto entende a situação em que está. Outros destaques breves vão para o bom apoio em cena de Gabriel Luna como Tommy, irmão de Joel e também para a atuação delicada e tocante de Nico Parker como Sarah, filha de Joel.

A premiere de The Last of Us ainda nos deu um belo vislumbre de um Estalador que estava inativo neste episódio, que foi uma boa maneira de garantir ao público que eles estão por perto e seu design foi retocado com o mesmo nível de cuidado de todo o resto da série. Mal posso esperar para vê-los em ação, porque as primeiras formas de controle do fungo eram bastante assustadoras e o que vimos até agora acaba nos dando entusiasmo de que farão um trabalho incrível com momentos de alta intensidade e suspense na tela.

No geral, The Last of Us começou de forma gratificante e os próximos episódios se mostram muito promissores com a boa fidelidade ao material de origem com o qual a HBO está trabalhando e entregando, uma série promissora que pode se tornar uma nova febre com o selo de uma produtora que sempre faz obras incríveis.

A série de TV The Last of Us pode ser assistida exclusivamente no canal HBO e no streaming HBO Max.

Nota: 4,5/5
Trailer:


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