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Explosão do ‘Gaming Casual’ no Brasil e no México mostra que os games são o entretenimento preferido da América Latina


Quase três quartos (72%) dos consumidores da América Latina da Geração Z (entre 15 e 25 anos) consideram videogames o “melhor tipo de entretenimento”, à frente até de mídias sociais e serviços de streaming. E eles não estão sozinhos: conforme um número crescente de pessoas na América Latina e de todas as gerações que aderiram ao ‘gaming casual’, pode-se dizer que houve a ‘explosão’ de uma tendência capaz de destronar outras mídias, como filmes e televisão.


“Esse boom recente no gaming casual entre latino-americanos tem acabado com qualquer ideia preconceituosa de que games são parte de um mercado nichado, isso se comparado às mídias populares, como filmes e televisão”, comenta Harrison K. Santos, Diretor da Yandex Games. “Os números falam por si. Considere o caso do ‘gaming casual’, em que 24 milhões de jogadores pelo mundo engajam em plataformas online, como a Yandex Games, gastando em média 40 minutos diariamente”.


Essa tendência não é diferente na América Latina, onde o gaming mobile é tão popular quanto no resto do mundo. De fato, o Brasil e o México são mercados de videogames líderes na região, ranqueando em 13º e 12º, globalmente. Os brasileiros gastam em média 5.4 horas nos seus dispositivos móveis, sendo 40 minutos (8.6% do tempo total de tela) dedicados a jogar, enquanto os mexicanos gastam em média 4.8 horas nos seus aparelhos e alocam 30 minutos (7.8% do tempo total de tela) para jogar.


Santos chama a atenção para a receita de mercado e para outros dados quantitativos e qualitativos ao argumentar que na América Latina, especialmente, videogames são a escolha de entretenimento da maioria da população. Por exemplo, 66% dos latino-americanos afirmam que curtem jogar diariamente, e cerca de 44% jogam por pelo menos uma hora todos os dias.


“Não somente os videogames estão despertando a atenção das pessoas de forma cada vez maior, fornecendo ‘momentos que contam’ de diversão, relaxamento, amizade e competição de forma customizada em nossas vidas atarefadas, mas também estão conquistando mais parcelas de mercado”, afirma Santos, completando que dois dos maiores mercados de videogame da região são Brasil e México.


“A indústria de games no México gerou receita de mais de 41 bilhões de pesos em 2022, tornando-se um dos 10 mercados mais importantes do mundo”. E no Brasil é ainda maior, ele adiciona: “o maior mercado da região, tanto em número de jogadores mobile quanto em receita, registrou 88.4 milhões de jogadores, gerando mais de $1.0 bilhão em 2021. E o número de brasileiros está previsto para atingir 116.5 milhões em 2026.”


Há muitas razões para o fato dos latino-americanos deixarem de lado as formas mais tradicionais de entretenimento, e, ao invés disso, escolherem o gaming casual para curtir os seus ‘momentos que contam’, incluindo o fato inegável de que trabalhadores da região têm o menor tempo livre no mundo. A isso, adicione o turbilhão crescente de acesso à internet, conectividade mobile e uso de smartphones, tudo isso em meio a uma pandemia sem precedentes.


“Não há como não dizer que, apesar de parecer mais flexível, a nossa vida nunca foi tão ocupada. Nosso tempo livre se tornou fragmentado, conforme vamos aproveitando pequenos intervalos de descanso no ônibus, enquanto esperamos pelo e-mail de um colega ou entre um dos nossos vários trabalhos. E já que não podemos voltar no tempo, fica claro para um número cada vez maior de pessoas que a maneira de aproveitar esses instantes é transformá-los em ‘momentos que contam’.


Contudo, isso vai além de simplesmente procurar por uma dose rápida de dopamina: 57% das pessoas na América Latina concordam que a estética dos games é mais impressionante do que a dos filmes. Harrison conclui, “ao invés disso, fizemos o que os humanos sempre fizeram e nos adaptamos, escolhendo os jogos, afinal, é um passatempo que nos dá mais escolhas, liberdade e estímulo para cumprir um papel, tanto social quanto emocional, além de oferecer pura diversão. Por isso, mais pessoas - de gamers casuais a profissionais de eSports - encontram os seus ‘momentos que contam’ no mundo sempre em conjunto com a evolução dos games”, finaliza.


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