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TITANS | Primeiras impressões do retorno da segunda temporada - Episódio #01: Trigon (Crítica da 2ª Temporada)

No final da primeira temporada de Titãs, vimos uma versão imaginada por Dick Grayson com um Batman assassino que precisava ser detido. Sem entender sobre o porquê daquele final esquisito e sombrio, ficamos com uma breve informação de aquilo faz parte dos últimos passos do demoníaco Trigon com o seu plano de destruir toda a criação no nosso planeta. Com essa breve informação, a estreia da segunda temporada de Titans acaba dando continuidade nessa a ponta solta e nos redefine com um começo de temporada que pode seguir um caminho bem promissor daquilo que o público espera da série. 

A estreia intitulada “Trigon”, embora pareça um pedaço que faltou da season finale, começa logo no final da primeira temporada. Rachel (Teagan Croft) trouxe seu pai demônio à terra, e Dick está em seu lugar escuro (aquele onde ele mata o Batman em sua versão imaginada). Neste episódio temos as aparições de Rapina e Columba, a segunda citada recebe um “sinal” de Rachel e acaba acordando curada para que eles possam ir até a casa onde está Trigon com a ajuda inesperada de Jason Todd (Curran Walters), um desejo sem explicação do “sinal” recebido, não sabemos porque ele foi necessário deixando esse motivo não muito bem esclarecido. O trio se reúne com Kory e Donna que usa o grito de guerra: “Titãs … e o novo Robin … vamos lá”, dando logo em seguida um desfecho em que a equipe é igualmente sugada por suas piores lembranças ou desejos sombrios.

É uma configuração instável do que deveria ter sido o final da 1ª temporada, mas pelo menos Rachel se torna a Ravena que queríamos e conhecemos, e os Titãs nascem finalmente. Mesmo com esses 30 minutos perdidos nós temos um Trigon demoníaco muito legal em CG, direto da capa de um álbum de heavy metal, o personagem é bem manipulador e consegue com maestria os seus objetivos, mesmo que tudo tenha ficado rápido e vago, a série parece ter exibido aquilo por já ter gravado essas cenas o que acaba sendo bem decepcionante como continuação para um novo ano. Pelo menos do que vimos de resquício do ano anterior é que o show parece seguir com uma linha de menos violência desnecessária, o que é bom. 

Os melhores momentos do episódio acontecem depois que Rachel despacha Trigon. Temos aqui o primeiro vislumbre de Esai Morales como um Deathstroke desgastado e que sente a necessidade de sair da aposentadoria quando vê a arrogante e explosiva aparição na câmera de TV de Jason Todd com a frase: “Titãs estão de volta”. Este Slade mais antigo acompanha o ritmo do show, onde temos também um Batman mais velho. 

Por falar no Morcegão, Iain Glen (Game of Thrones) calçou bem os sapatos de couro italiano de um Bruce Wayne envelhecido. E isso funciona. Seu sotaque americano deixa muito a desejar, mas a conversa com Dick (Brenton Thwaites) carrega uma sinceridade estranha. Eles retratam um caso mal resolvido entre “pai e filho” que precisam de muitas conversas para apaziguarem as diferenças um com o outro, mesmo que no final pareça que eles ainda assim estão tentando encontrar a paz certa. Mesmo com pouco tempo de tela, Glen acabou lembrando Kevin Conroy, o Batman definitivo, e eu gostei da sua rudeza e sorriso de dor. O dialogo entre Batman e Robin foi brilhante e nos mostrou um lado do Homem-Morcego mais observador e prestativo onde ele acaba dizendo que Dick pode transformar Jason em um Robin melhor do que ele. 

Além disso, tivemos o retorno do grupo na Torre dos Titãs (infelizmente não tem a forma de um “T”), lugar que vai servir de treinamento e casa desses jovens heróis. Foi bastante interessante vermos Gar, Jason e Rachel explorando o quartel-general com admiração, realmente é um lugar bem especial. 

Além disso, a estreia tem grandes momentos da personagem Donna (Connor Leslie). Ela é uma líder natural e isso acabou dando uma fisgada na participação de Kory (Anna Diop) que foi bem tímida, mas pelo andar da carruagem, acredito que as duas que possuem esse espírito de liderança irão ficar bem unidas. Enquanto isso, Rapina (Alan Ritchson) continua sendo um dos personagens que fazem uma boa ligação com o público (ele solta uma frase bem sincera e cômica: “kid, você deveria ter nos pedido que fôssemos o Superman”). Outro destaque prévio vai para Gar (Ryan Potter), finalmente vemos ele virar outro animal, tudo bem que foi rapidamente como uma cobra, mas foi legal ver que os produtores estão escutando os espectadores. 

Essa não foi uma estreia que abalou o multiverso, mas parece uma correção de curso muito necessária para esta série. Estou ansioso para um tom mais coeso, espero ver muitas cenas divertidas e de ação com os Titãs e seus inimigos.


Nota para o episódio: 3,5 / 5


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