THE UMBRELLA ACADEMY | Crítica da 1º Temporada

The Umbrella Academy foi uma grata surpresa que chegou em 2019. Baseada nos quadrinhos da Dark Horse e criada pelo vocalista da banda My Chemical Romance, Gerard Way e o quadrinista brasileiro Gabriel Bá, a série chegou no início do ano a Netflix. Tentarei dar o mínimo de spoilers possíveis, então vamos lá.

A série nos apresenta um grupo de irmãos de criação, nascidos em um dia misterioso onde diversas mulheres conceberam crianças sem sequer estarem grávidas. O milionário Sir Reginald Hargreeves (Colm Feore) consegue adotar 7 dessas crianças, que possuem super-poderes específicos, e as treina para combater o crime Logo vemos que não é lá uma grande infância para eles, uma vez que não vivem como crianças, mas sim em constante treinamento, não tendo qualquer momento para aproveitar.

Aos poucos as crianças se distanciam, até que todos deixem de viver na mansão onde foram criados, cada um vivendo a seu modo. Mas a morte de Hargreeves faz com que eles precisem se juntar novamente, inclusive devido ao fato de seu irmão desaparecido a muito tempo, reaparecer com o aviso do eminente extermínio da população da Terra.

Desenvolvimento da trama

The Umbrella Academy tem uma trama bem desenvolvida e fluida, contando com a quantidade exata de episódios que necessita e sem grandes momentos fillers. Vemos tudo que precisa ser apresentando e desenvolvido sendo feito de forma muito correta, sem correr demais ou se perder em sub-tramas desnecessárias.

Vemos que cada um dos irmãos possuem seus próprios fantasmas do passado, e que eles precisam lutar contra eles a todo momento. Uma salva de palmas aos roteiristas que souberam montar um roteiro e diálogos que não cansam e que a cada cena, vai desenrolando uma trama bem-feita.

Um elemento muito marcante em The Umbrella Academy é sua trilha sonora. Com uma ótima mistura que traz desde Queen e The Doors até músicas do Radiohead e do próprio Gerard Way, a série é com certeza uma das que tem a melhor trilha sonoro que já vi, com certeza tendo a melhor trilha sonora em uma série em 2019.

Atuações

Não tenho medo de escrever nessa crítica que não tivemos sequer uma atuação ruim em The Umbrella Academy. De fato todos os atores entregaram ótimas atuações. Mas claro, vale destaque para alguns, em especial para Ellen Page. Todos sabemos que ela é uma atriz diferenciada em sua geração, mas dando vida a Vanya, ou a Número Sete, ela entrega um trabalho brilhante.

Sua personagem a princípio não possui poderes, o que a deixa isolada dos outros irmãos “super-heróis”. Sua trama é muito bem mostrada no show e a atriz consegue escancarar os fantasmas e traumas de infância da personagem em cada momento de tela. Simplesmente um dos melhores trabalhos de Page.

Outro que merece destaque é o jovem Aidan Gallagher, que mesmo aos 15 anos (quando a série foi gravada e transmitida), traz uma atuação de gente grande, ao dar vida ao Número Cinco. Isso pois na série, ele viaja ao futuro e passa muitos anos por lá, e quando regressa ao seu tempo, volta a ser uma criança, mesmo já tendo vivido por muitos anos e ser um experiente guerreiro.

Não menos importantes, Klaus, o Número Quatro, vivido por Robert Sheehan, também possui grandes momentos ao longo dessa 1ª temporada, em especial contracenando com Justin H. Min, o Número Seis. E também os “vilões” Hazel e Cha-Cha, muito bem na série, conseguindo peitar de frente os irmãos Hargreeves e que nos brindaram com algumas cenas inesperadas.

Concluindo

The Umbrella Academy é uma das melhores adaptações de quadrinhos disponíveis para acompanharmos, em uma época em que tais adaptações estão em alta, essa se sobre sai devido principalmente a sua trilha sonora e ótimas atuações de seu elenco. Com certeza uma série digna de ser maratonada de uma vez só.

Para nossa felicidade, a Netflix está produzindo uma 2ª temporada para The Umbrella Academy.

Nota: 4/5