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CRISE NAS INFINITAS TERRAS | Crossover termina com ótimos fan-services e soluções fáceis (Crítica)

Bom, vamos lá falar dos últimos episódios que fecharam esse bom trabalho da CW, que com certeza é o melhor crossover produzido pela emissora, mas que está longe de ser perfeito. Se você não leu a crítica da 1ª parte da Crise, então clica aqui e leia!

Preciso avisar que haverão spoilers? Pois sim, haverão alguns (vários) no que vem a seguir…

Vamos primeiramente falar de algo que deixou a desejar em minha opinião. Qual a função prática dos Paragons escolhidos pelo Monitor? Pois tivemos, por exemplo, a fácil substituição do Paragon da Verdade, o Superman da Terra-96 interpretado por Brandon Routh substituído pelo intragável Lex Luthor de Jon Cryer, que tirou um dos personagens que mais estava agradando. Brandon Routh convenceu como Superman do Reino do Amanhã e sem dúvidas merece uma nova chance como o Último Filho de Krypton.

Foram deixados de lado personagens que poderiam acrescentar muito mais a equipe do que, por exemplo, o Paragon da Humanidade, com o grande auxílio prestado de convencer uma de infinitas versões do Monitor, o que não deu 5 minutos de sossego para a equipe, uma vez que o Anti-Monitor explicou que ele convenceu apenas uma versão do Monitor a não fazer o experimento científico que deu origem ao universo de anti-matéria. No mais, a ajuda “científica” prestada por ele, seria facilmente compensada por Cisco ou Brainy, das séries do Flash e Supergirl, respectivamente.

Entendi que os Paragons foram os escolhidos para enfrentar o Anti-Monitor, por possuírem características que se destacavam dos demais seres de todo o multiverso, mas não vi função prática para eles, exceto os que possuíam algum super-poder para enfentrar o exército do principal antagonista desse crossover. A real é que pegaram os protagonistas das séries e jogaram eles ali, mesmo que tivessem personagens mais fortes e/ou interessantes para serem explorados. Os Paragons, foram definidos de acordo com a história de cada personagem em suas séries, e foram escolhidos a dedo para seus papéis. 

Quem conhece o material de origem, a saga da Crise nas Infinitas Terras da DC, sabe que alguns sacrifícios são necessários, para que o bem maior seja atingido. A CW não deixou isso de lado e tratou de finalizar sua série mais antiga desse universo, também chamado de Arrowverso (Arrowverse), de uma forma bastante definitiva, afinal, com a morte de seu protagonista Oliver Queen, interpretado pelo esforçado Stephen Amell, joga a pá de cal em uma futura investida no retorno do personagem.

Para mim, o ápice do crossover foi a aparição de Ezra Miller, contracenando com Grant Gustin, o que foi um grande fan-service e que liga os universos das telinhas e telonas em algo jamais tentado antes, e que muitos fãs da Marvel pediram para acontecer com os heróis urbanos da Netflix e os Vingadores. Parece que o grito direcionado a Marvel, ecoou na DC, trazendo, quem sabe, o maior crossover em live-action do mundo nerd já visto.

Como falei de soluções fáceis já no título dessa crítica, duas não me agradaram. A primeira foi a forma definitiva utilizada para derrotar o Anti-Monitor. Caramba, se era tão fácil assim criar um dispositivo para ele ficar encolhendo para sempre, por que não fizeram isso lá na primeiro episódio do crossover? E não adianta falar que estavam bolando um plano, pois essa ideia surgiu em um rápido brainstorming dos personagens mais inteligentes ali restantes e o aparelho foi construído bem rapidamente.

Somos preparados para a perda do Flash de Grant Gustin desde o início de sua série, lá em 2014, com o seu “desaparecimento na Crise”. Bom, , o segundo ponto de solução fácil que quero apontar é justamente sobre isso.

A Crise chegou, e o que o estúdio fez? Arrumou uma saída rápida e fácil para não perder mais um de seus protagonistas. Em questão de segundos, vimos a troca de “Barry Allen’s” para que o sacrifício fosse feito pelo personagem interpretado por Joh Wesley Shipp, da série do Flash dos anos 1990 e que sempre foi uma ótima referência que vez ou outra dava as caras na série do Flash.

Talvez o grande momento desse mega crossover foi a fundação da Liga da Justiça da CW, o que abre brechas para crossovers ainda mais ambiciosos no futuro do Arrowverso, uma vez que mesmo perdendo um de seus protagonistas com o encerramento de Arrow, Flash e Supergirl seguem renovadas, e Batwoman e Raio Negro trazem fôlego novo para futuras tramas.

Quero ver mais do Raio Negro interagindo com o pessoal da CW, traz um fôlego novo e um personagem com uma pegada bem diferente da abordagem dada as séries do Arrowverso. Também quero ver mais do Brandon Routh da Terra-96, ele roubou a cena em diversos momentos. 

A CW acertou em cheio em vários pontos de sua Crise, principalmente com as várias referências e easter-eggs apresentados nas duas partes do crossover, trazendo de volta personagens amados pelos fãs e juntando alguns e nos presenteando com ótimas cenas. Poderia ter sido melhor? Sim, com certeza, mas para o nível de atuação, história e efeitos especiais que já estamos acostumados nas séries da emissora, a Crise nas Infinitas Terras é com certeza um ponto fora da curva das séries do Arrowverso.

Ao final de tudo, nos é mostrado que apesar de que, durante o avanço da onda de anti-matéria que causou a Crise que não haveria mais multiverso, que tudo se concentraria apenas na Terra-Prime, onde agora todos os heróis da CW residem, ainda existe um Multiverso, sendo que a própria aparição de Ezra Miller, além de ter sido mostrado que ainda existem, por exemplo, o Universo dos Titans, de Doom Patrol e da Star Girl, que aparentemente só não podem ser acessados através de ondas vibracionais, e que os “cérebros” de cada uma das equipes precisará desenvolver outra maneira caso queiram viajam entre universos. Você pode conferir uma matéria apenas sobre esse tópico clicando aqui.

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