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O PREÇO DA VERDADE: DARK WATERS | O filme que o governo e a industria química não querem que você veja! (Crítica)

O Preço da Verdade: Dark Waters (Dark Waters) 2019, é um drama baseado em fatos reais. O longa traz a história de um advogado especialista em defender as grandes empresas químicas dos Estados Unidos, Rob Bilott (Mark Ruffalo), desta vez defendendo uma pequena comunidade em Virgínia Ocidental, quando os habitantes do local começam a ficar doentes devido à poluição gerada por uma grande empresa do lugar. Apesar de contar com todos os clichês possíveis para esse gênero e uma atuação bem morna de Ruffalo, o filme traz uma mensagem importante sobre o poder das grandes indústrias e como podemos estar correndo perigo com produtos que julgamos seguros.

(Imagem Promocional: O Preço da Verdade: Dark Waters – Paris Filmes)

Na história somos apresentados ao advogado Rob Bilott, que acaba de ser promovido no escritório de advocacia especializado em grandes indústrias onde trabalha. Já em sua primeira reunião, ele recebe a visita inesperada do fazendeiro Wilbur Tennant (Bill Camp), que após receber a indicação da avó de Rob, o procura como última esperança. Rob logo de cara diz que não pode pegar o caso por trabalhar justamente para empresas como a que Wilbur deseja processar, mas como a indicação veio de sua avó ele acaba voltando atrás e aceitando o caso, e conforme vai investigando, ele percebe que não é um simples caso de envenenamento de um riacho, mas sim algo com proporções mundiais.

O filme segue os padrões estéticos do gênero, e se não for pelo elenco fica até difícil definir qual filme você está assistindo, entre tantos outros do mesmo nicho. Talvez essa falta de personalidade se deva à produtora ser a mesma do longa Spotlight: Segredos Revelados (Spotlight) 2015, e uma vez que esse último conseguiu a façanha de ganhar o Oscar de melhor filme e roteiro original, a Participant, produtora do longa, deve pensar que em time que está ganhando não se mexe. No fim, O Preço da Verdade: Dark Waters acaba se tornando apenas um filme com uma arte sem personalidade própria e já meio defasada.

(Imagem Promocional: O Preço da Verdade: Dark Waters – Paris Filmes)

O som do filme é bem trabalhado, com ênfase nos diálogos, mas bem competente também nos efeitos sonoros. Efeitos sonoros esses, que o filme usa de maneira bem moderada. Já a trilha sonora, é discreta a maior parte do tempo, mas conta também com clássicos como Take Me Home, Country Roads de John Denver. De modo geral a trilha sonora casa bem com o filme e é muito boa.

No quesito atuações, os dois maiores destaques ficam com Anne Hathaway e sua Sarah Barlage Bilott e Tim Robbins com seu Tom Terp. Sarah é a esposa de Rob, e Hathaway entrega uma atuação forte e cheia de emoção, mostrando uma esposa que acompanha seu marido até nos piores momentos. Já o Tom de Robbins é o chefe de Rob, que embora não concorde com os métodos do advogado mesmo assim o apoia, em nome da justiça. Já o protagonista Mark Ruffalo entrega uma atuação morna, quase sem graça, passando quase o filme inteiro sem mostrar qualquer emoção direito e sempre com uma cara de sonso.

(Imagem Promocional: O Preço da Verdade: Dark Waters – Paris Filmes)

De modo geral O Preço da Verdade: Dark Waters traz uma história importante, e sem final feliz. Onde podemos ver como as grandes corporações as vezes realmente tem o governo no bolso e fazem o que bem entendem em nome do lucro. O longa também mostra como podemos estar colocando nossa saúde em risco sem nem mesmo saber, justamente por confiar nas empresas e nas agências do governo que deveriam regulá-las. E o maior trunfo de O Preço da Verdade: Dark Waters é, com certeza, desacortinar essa verdade incomoda, que de outro modo, nunca viria à tona. Embora o longa tenha seus defeitos ele é com certeza um filme que todos deveriam assistir.


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