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QUEM ME AMA, ME SEGUE! | Um triangulo amoroso bem francês! (Crítica)

Quem me Ama, me Segue! (Qui m’Aime Me Suive!) 2019, é uma produção francesa que trafega entre o drama familiar e a comédia romântica sem nunca se decidir qual linha vai seguir. Com uma história pra lá de original, o longa entrega uma experiência bem diferente em comparação ao cinema norte-americano. E deve agradar à quem estiver buscando algo novo, mas sem comprometer aspectos técnicos, como fotografia e direção.

Na história conhecemos o casal, Gilbert (Daniel Auteuil) e Simone (Catherine Frot), após 35 anos de casamento. E um relacionamento que não vai indo bem, em função do temperamento de Gilbert, que além de ser um bronco, também é em partes, responsável por um grande endividamento da família. A relação dos dois finalmente ruí, quando o vizinho Etienne (Bernard Le Coq), melhor amigo de Gilbert e amante de Simone, resolve se mudar.

(Imagem Promocional: Quem me Ama, me Segue! – A2 Filmes)

Com isso Simone decide fugir para ficar com Etienne, e como desgraça pouca é bobagem. O neto Térence (Solam Dejean-Lacréole) é enviado por sua mãe, para passar um tempo com os avós, sem que ela soubesse da separação. Agora caberá a Gilbert levar seu neto junto, em uma jornada de autodescoberta enquanto tenta reconquistar o amor de sua vida, e mais que isso, se reaproximar de sua própria família distante.

Tecnicamente o filme conta com uma bela direção de arte, que abusa dos lindos cenários que o sul da França pode oferecer. Com uma fotografia leve e colorida, e uma edição que faz a uma hora e meia de duração do filme fluir sem arrastos. Tudo isso combinando, faz com que Quem me Ama, me Segue! seja uma experiência visual tecnicamente exemplar e muito interessante.

(Imagem Promocional: Quem me Ama, me Segue! – A2 Filmes)

Na questão do áudio, o filme traz bons diálogos gravados e mixados de forma satisfatória, mas peca por não trazer uma trilha sonora mais presente e regional. A trilha do filme é realmente muito discreta e genérica, e a única música cantada é a dos créditos, em inglês. Se perde aqui a chance de utilizar uma trilha muito mais memorável, para dar ainda mais força e identidade ao longa.

No que diz respeito às atuações, temos excelentes trabalhos por parte dos protagonistas especialmente Daniel Auteuil, que inclusive consegue algo difícil, que é fazer o personagem desagradável do primeiro ato, crescer em carisma para se tornar em alguém que o espectador pode começar a gostar e até torcer, durante o restante do longa. Outro destaque fica para o jovem Solam Dejean-Lacréole, que manda muito bem e consegue ter uma boa química com Auteuil, tornando a relação de avô e neto mais interessante.

(Imagem Promocional: Quem me Ama, me Segue! – A2 Filmes)

Quem me Ama, me Segue! é um bom longa, e tecnicamente surpreendente. Mas que traz uma história bem francesa, que foge dos moldes que estamos acostumados a ver nas salas de cinema aqui do Brasil, o que pode acabar não agradando todo mundo, e até gerando uma sensação de estranheza em muita gente. Mas se você busca algo diferente do cinema clichê de Hollywood, ou realmente curte produções europeias, em especial as francesas, esse longa pode ser um verdadeiro prato cheio para você.


Trailer:

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