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POR LUGARES INCRÍVEIS | A premissa mais comum da última década (Crítica)

Assistir Por Lugares Incríveis causa uma sensação bem familiar. Dois jovens com problemas que por acaso se encontram e se apaixonam. A premissa é bastante comum, bem popular nessas últimas décadas, muito se dá graças a Nicholas Sparks e a John Green, esse ultimo sendo completamente voltado ao gênero infantojuvenil.

O filme é baseado no livro de mesmo título, da autora Jennifer Niven, que também é responsável pelo roteiro do filme que narra a história de Violet Markey (Elle Fanning), que vem passando por uma depressão devido ao falecimento da irmã e após uma tentativa de suicídio conhece o jovem Theodore Finch (Justice Smith), um jovem todo problemático como por toda escola e após passar um tempo juntos eles começam um namoro. As intenções são as melhores possíveis, porém o filme peca ao vender a história como um simples romance adolescente.

Na realidade a trama retrata problemas bem sérios como suicídio, depressão e bipolaridade e devido a isso o roteiro se mostra fraquíssimo. Existe uma linha bem diferente do livro para o filme, sendo o último uma trama bem rasa e furada, lembrando em certos pontos uma fanfic adolescente que utilizam de questões graves de saúde mental apenas como um degrau para um romance fantástico bem hollywoodiano.

Violet e Finch em um dos momentos mais fofos do filme.

A química entre Elle Fanning (Malévola) e Justice Smith (Detetive Pikachu) é perceptível e muito boa, ambos entregam performances doces e dedicadas, mas seus personagens não evoluem, consideremos que neste caso se deu muito aos problemas de roteiro, visto que no livro é algo bem mais trabalhado. Mesmo com a tentativa de evolução da Violet no longa é evidente, o que soa forçada e se passa de maneira apressada, assim como a mudança de humor de Finch, o erro já se inicia por não deixar claro que esse personagem também tem seus problemas. Isso simplesmente é jogado no meio no longa deixando muitos espectadores que estão tendo contato com a trama pela primeira vez, achando que ele é somente um crianção, um jovem rebelde sem causa.

Um ponto forte do filme com certeza fica com a parte técnica, a fotografia e a cenografia realmente são de deixar boquiaberto, lindas paisagens e a forma de retratar com leveza causa ao público uma sensação bem confortável.

Apesar do melodrama fofo, não tem como ofuscar os furos do roteiro e nem o descuido na retratação de assuntos sérios de saúde mental, isso resulta em um adaptação bem morna, que não agradou bem mesmo aos fãs.


Trailer:

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