Novidades

LUCA | Crítica do filme animado

Às vezes, a Pixar cresce em termos de ideias com seus filmes animados que expressam emoções nos seus personagens principais. Com Luca, o último filme do estúdio, temos uma narrativa simples, mas que acaba sendo encantadora em uma história sobre amizade e inclusão, contada de uma forma confortável com monstros marinhos. 

Com a representação de uma pequena cidade litorânea italiana belíssima, vemos nesta animação o protagonista Luca Paguro (Jacob Tremblay), um jovem menino monstro marinho que vive sob o mar na costa de Portorosso, uma cidade na Riviera italiana. Sua mãe Daniela (Maya Rudolph) e seu pai Lorenzo (Jim Gaffigan) o alertam que é perigoso ir para a superfície, onde os humanos pescam e fazem sabe-se lá o que mais. 

Um dia, outro monstro marinho chamado Alberto Scorfano (Jack Dylan Grazer) passa por ele, pega algumas bugigangas do fundo do mar e se dirige para a superfície. Um cauteloso Luca o segue, mas assim que sai da água ele descobre um fato surpreendente. Quando estão fora da água, os monstros marinhos se transformam em humanos. Em um esforço para não ser punido pelos pais por terem saído da superfície, Luca e Alberto viajam para Portorosso em uma tentativa de adquirir uma Vespa (uma moto) que pode ajudá-los a ver o mundo. Logo eles fazem amizade com Giulia (Emma Berman), uma adolescente humana que precisa de sua ajuda na tentativa de vencer a Copa Portorosso, um triatlo local.

Por uma temática simples, o longa lembra outras produções do cinema, principalmente pela exploração da Riviera italiana que vimos bem em Me Chame Pelo Seu Nome. De qualquer forma, Luca é o primeiro longa-metragem do diretor Enrico Casarosa em filme animado, sendo que ele é mais conhecido por seu curta-metragem da Pixar indicado ao Oscar, La Luna, que sobre uma família de italianos que montam estrelas caídas na lua. Esse foi um curta-metragem bem legal sobre fazer as coisas do seu jeito enquanto trabalhava nos negócios da família, e há algumas semelhanças entre La Luna e Luca.

 Obviamente, os dois parecem ter se inspirado em uma criação italiana, mas, talvez mais aparente, alguns dos modelos de personagens em La Luna se assemelham aos desenhos de personagens em Luca, com o mais notável sendo o fato de que o pai em La Luna é a cara do pai de Giulia, com seus bigodes grandes e grossos e o fato de que você não pode realmente ver seus olhos. 

Acho que a Pixar está no seu melhor quando seus cineastas e animadores invocam algum tipo de enredo de alto conceito que desafia nossa compreensão de tudo, desde nossos sentimentos ou reações à nossa alma com objetos supostamente inanimados. É por isso que que Toy Story , Soul, Coco e Divertidamente são obras aclamadas. Embora Luca é sobre monstros marinhos, é um conceito de história muito mais simples e as únicas vezes em que parecia que atingia todo o seu potencial foram nas sequências de sonho que eram combinadas com a bela trilha sonora de Dan Romer

No geral, Luca é uma história contada de forma bem simples, algo que vimos de diferente nos últimos nos últimos filmes da Pixar, o que gera com esta animação o patamar de não ser uma obra-prima, mas sua mensagem sobre amizade e aceitação é transmitida de uma forma linda e divertida.

Nota: 4,5/5

SINOPSE:

Situado em uma bela cidade litorânea na Riviera italiana, “Luca”, nova animação original da Disney e Pixar, é uma história de amadurecimento sobre um jovem que vive um verão inesquecível repleto de sorvetes, massas e passeios intermináveis de scooter. Luca compartilha essas aventuras com seu novo melhor amigo, mas toda a diversão é ameaçada por um segredo profundamente bem guardado: eles são monstros marinhos de outro mundo, logo abaixo da superfície da água. Dirigido pelo indicado ao Oscar® Enrico Casarosa (“La Luna”) e produzido por Andrea Warren (“Lava”, “Carros 3”), “Luca” estreia em 2021.

Trailer: 


Nenhum comentário