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COBRA KAI | Crítica da 4ª temporada



Uma das aquisições mais inteligentes da Netflix ao longo dos anos foi Cobra Kai. Originalmente produzida pela Youtube em uma tentativa fracassada de ter seu serviço de streaming, o show que já está renovado para uma 5ª temporada tem uma mudança de transição em muitos aspectos nesta 4ª temporada, levando em consideração todas as críticas levantadas contra a série e fazendo o possível para tentar resolvê-las. 

Embora existam partes aqui que não disparam em todos os cilindros e os novos personagens são amplamente ineficazes (menos um antagonista crucial para Cobra Kai), todo o resto é muito mais suave e remonta onde Cobra Kai está mais forte, que é retratar a relação em constante evolução entre Johnny Lawrence e Daniel LaRusso. A história da 4ª temporada tenta fortalecer a união entre LaRusso e Lawrence que fundiram seus respectivos dojos, o Miyagi-Do e os Presas de Águia (Eagle Fang), que acabam sendo combinados em suas especialidades para derrubar o poder do Cobra Kai. John Kreese logo percebe que essa união é uma grande ameaça e recruta um velho e aguardado conhecido da franquia, fazendo com que a série e os alunos do Cobra Kai ganhem uma nova percepção para a batalha bastante esperada no torneio de caratê de All Valley.

Cobra Kai continua perversamente engraçada e com algumas piadas estúpidas que geram riso alto e alguns momentos maravilhosamente emocionantes no final. Tanto Johnny Lawrence quanto Daniel LaRusso tiveram um grande desenvolvimento nesta temporada e a dupla acaba aprendendo, crescendo, evoluindo e lutando um com o outro ao longo da temporada. No final da temporada, Daniel está muito mais aberto para o ataque enquanto Johnny, surpreendentemente começa a adotar alguma defesa, o que gera uma união equilibrada como ying e yang com eles se complementando perfeitamente.

Essa evolução é acompanhada também por Eli, Tory, Miguel, Robby e Sam, cada um trazendo sua própria dinâmica para este caldeirão borbulhante de ação do caratê. Claro, o drama adolescente ainda está aqui mas desta vez tudo ali é muito mais moderado, passando a impressão de que os roteiristas foram sabios em concentrar bastante na preparação para o torneio e na rivalidade com o Cobra Kai. Isso não quer dizer que a série não esteja isenta de falhas. Há alguns novos personagens este ano que parecem desperdiçados ou ineficazes. Há uma mudança no torneio que faz com que os dojos recrutem mais membros femininos, mas as novas adições a cada dojo não acrescentam absolutamente em nada ao show e acabam sendo bastante esquecíveis.

Da mesma forma, um novo garoto chamado Kenny é apresentado, parece ser uma direção que a série está indicando que o show pode durar mais temporadas com novos adolescentes e a união de Kenny em trabalhar com Robby mostra que todo o aprendizado será transmitido entre essas gerações. Isso fica evidente na dinâmica interessante de Kenny ao enfrentar o valentão da escola, que por acaso é Anthony LaRusso.

Entretanto, o grande poder desta temporada é Thomas Ian Griffith como Terry Silver, um psicopata e arquivilão que apareceu em Karatê Kid 3. A série quase não foi imune a participações especiais com personagens dos três filmes originais e até dedicou alguns episódios da terceira temporada para revisitar alguns personagens e lugares do passado de Daniel, mas Silver é mais do que apenas um ator convidado, ele é um ator de pleno direito e um vilão fascinante que eventualmente se torna mais uma ameaça do que até mesmo Kreese, adicionando um elemento mais cerebral à lista de vilões da série. É parcialmente por meio dele que Cobra Kai posiciona-se à beira de uma nova e emocionante direção de narrativa para a 5ª temporada, pois ele quase sozinho conseguiu dar ao público uma construção que gerou uma grande reviravolta neste final de temporada.

No geral, a 4ª temporada é uma diversão viciante com coreografias de luta melhores do que nunca, temos confrontos dramáticos genuinamente imprevisíveis e reviravoltas legitimamente surpreendentes, provando que a série não mostra absolutamente nenhuma misericórdia para os que duvidam do potencial desta grande produção.

Nota: 4,5/5

Sinopse:
Os dojôs Miyagi-Do e Presas de Águia se unem para derrotar o Cobra Kai no Torneio Regional de Caratê Sub-18, com Samantha (Mary Mouser) e Miguel (Xolo Maridueña) tentando manter a aliança entre os dojôs e Robby (Tanner Buchanan) apostando tudo no Cobra Kai. Quais truques Kreese (Martin Kove) guarda na manga? Daniel e Johnny vão abandonar a velha rixa para derrotar o sensei fundador do Cobra Kai? Será que o Cobra Kai irá se consolidar como um grande nome do caratê em West Valley? O torneio nunca foi tão disputado. 
Trailer:




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Um comentário:

  1. Série fantástica, que respeita os fãs antigos e consegue conquistar novos.... E o melhor, tenho orgulho de dizer que comecei a ver quando o Youtube lançou, e não após a série entrar para netflix e virar modinha kkkkkkkkk aposto que na 5ª temporada teremos o retorno de Sean Kanann para ajudar o Cobra Kai e talvez quem sabe uma participação de Hillary Swamk....

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